segunda-feira, dezembro 03, 2007

Assistência no culto em russo cresce em 50%!

Bem, se a assistência regular é 2, só precisa mais uma pessoa para fazer um aumento de 50%, não é? Mas também, se a assistência normal é 2, mais 1 faz uma grande diferença. Afinal, não diexa de ser mais 50%!

Quando começámos os cultos em língua russa há 5 ou 6 anos atrás, chegámos a ter 13 ou 14 muitos Domingos, e 8 ou 9 era normal. Com a passagem do tempo, os trabalhadores voltaram às suas casas e famílias, geralmente na Ucrânia, mas em alguns casos, na Rússia, Belarússia, Moldava, ou uma das antigas Repúblicas Soviéticas, até ficarmos com um só casal, Petro e Lidiia, de Kiev. Há mais de um ano já, reunimo-nos todos os Domingos para cantar em Russo/Ucraniano, fazer uma leitura breve da palavra, e eles orarem em sua própria língua.

Então aconteceu esta semana o que menos esperávamos: chegou um e-mail de Svetlana ("Sveta"), dizendo que tinha mudado de S. Petersburgo para a Madeira, e soube que há uma igreja baptista aqui. Ela fala Inglês mas sente-se mais à vontade em sua língua materna, naturalmente. Ela viu no blog que temos culto em Russo e perguntou se era todas as semanas. Respondi ao seu e-mail, e ela veio ontem participar no culto em Russo. Segundo entendo, a mãe dela, também crente, vem passar Natal e o fim-de-ano aqui, e estará nos cultos também. A presença de Sveta encoraja-nos muito na reunião das 16h (que inclui a Abbie, que embora não fale Russo, tenho a certeza que entende mais do que nos deixa perceber---e ela toca o piano em Russo!).

Um outro ministério "pequeno" da igreja é a reunião na prisão cada Segunda-feira. A assistência varia aí, também, e o que era em certa altura um grupo de 12-15, agora é 5 or 6, quatro dos quais ucranianos. Nenhum deles que assiste tem feito um compromisso pessoal com Jesus, como nós evangélicos entendem deve ser. Os ucranianos todos vêm da tradição ortodoxa, por isso continuo a falar da importância de uma experiência transformadora do novo nascimento pela fé em Jesus Cristo. Semana após semana, no pouco tempo disponível, e apesar das barreiras culturais e linguísticas (para não falar das espirituais), pouco a pouco explicando, e pensando: quanto será está a penetrar nos seus corações e entendimento? E hoje, sem esperar, a pergunta de um deles: "Se eu tomar essa decisão, como vou saber que é real? Como posso ter a certeza que tenho uma nova vida?" Não sei quanto da minha resposta foi compreendido por eles hoje, mas o facto de ter sido feito a pergunta é sinal que alguma coisa registou: "O entendimento cresceu em 50%!" -- bem isso não é tão fácil medir como contar cabeças para registar a assistência, e não dá para fazer um gráfico do progresso de entendimento. Mas, quando o Espírito move, como disse Jesus, é algo que percebemos, tal como o vento que sopra, mesmo sem podermos o quantificar ou representar graficamente. O vento está a soprar.

domingo, novembro 18, 2007

Cenas de uma semana que já foi

Chegámos em casa na 2ª, e uns dois dias depois, Abbie disse logo de manhã, "Quem me dera estar de novo em Lisboa." Foi bom mesmo estar no continente, mas não conseguia imaginar que fosse tão bom assim. Mas, é que ela tinha dado uma olhada pela janela e viu o céu nublado, o que é comum aqui. Então, afinal não se sentia saudades de Lisboa, mas sim, do sol. De facto, o tempo foi perfeito nas duas viagens que fizemos. Nem sinal de nuvem no céu. Veja a foto do monumento do Marquês do Pombal.





O Marquês mandava quando o grande terramoto de 1 de Nov. de 1755 arrasou Lisboa. Ele tomou conta da reconstrução da cidade, com as suas avenidas largas e muitas rotundas. Também expulsou os jesuitas de Portugal, que talvez fosse um abalo sócio-político com a mesma magnitude da do terramoto.





A conferência de liderança foi uma grande benção para nós, e oramos que, com tempo, possamos transmitir algo daquilo que aprendemos aos líderes na igreja aqui. Durante a semana que estivemos no continente, fizemos alguns contactos que achamos interessantes e importantes, até.









Uma cena curiosa...profissão onde a experiência de circo seria um valor acrescentado
Como se vê ilustrado nesta foto, nestes dias de taxa de desemprego muito alta e de crise económica, quando se tem um emprego, o melhor é agarrar bem para não deixá-lo fugir, sobretudo se está a trabalhar em ou fora de um andar superior.

sábado, novembro 03, 2007

Sombras de Anjos e Reis



A última vez que escrevi, estávamos em Lisboa...e cá estamos de novo (e não "ainda"). Voltámos para casa para passar uns 10 dias, e depois tive que regressar para reuniões na embaixada novamente. No fim desta próxima semana, vamos participar numa conferência de liderança aqui antes de regressar para a Madeira. O tempo em casa foi tão curto e cheio de trabalho que não pus nada no blog, mas preparei um álbum com várias fotos, e lá encontrará alguns comentários (neste momento só em Inglês...sorry!) sobre o que fizemos e vimos naquela viagem, entre sombras de anjos e reis (e de alguns que nem eram um nem outro).

Em notícias da obra, Jackie e Jaime já seguiram para Inglaterra, onde vão ficar duas semanas antes de ir à Austrália. O dia antes de regressarmos à Madeira há 15 dias atrás, Alves, um membro da igreja que vive na ilha vizinha, o Porto Santo, sofreu um enfarte muito grave. As primeiras indicações eram que só tinha 1 chance em 6 de sobreviver. Já recuperou o suficiente para ter alta, mas ainda não pode regressar para o Porto Santo. Ele e a sua esposa, Lourdes, vão ficar em nossa casa esta semana enquanto ele recupera as suas forças. Alguns talvez recordem que, no ano de 1991, irmã Lourdes foi curada de um tumor que tinha atingido a medula espinal, deixando-a sem poder andar. Os médicos lhe deram 3 meses de vida. Orem que esta nova aflição seja usada por Deus para fortalecer este casal espiritualmente, e que a semente do Evangelho seja semeada no Porto Santo por causa disso.

sexta-feira, outubro 19, 2007

Aqui estamos... mas onde, exactamente?

Demos o grande pulo, pelo menos o suficiente para assentar-nos em terras continentais. Houve umas reuniões na embaixada em Lisboa no fim da semana passada, e vamos ficar mais uma semana, em parte para férias, em parte para trabalhar. Há uma conferência de tradução no final desta semana (6ª e Sábado) que eu queria assistir.

Não preciso de mais trabalho, porém. Nas últimas duas semanas antes de sair de casa, já estava a rejeitar trabalhos, porque sabia que não teria tempo para os fazer. Mesmo assim, ainda passei as primeiras duas noites aqui em Lisboa trabalhando para poder entregar um trabalho. E esta semana já tive ocasião de recusar mais trabalhos, e os clientes querendo que eu os avise logo que estiver disponível outra vez!

Nada de traduções esta semana. Estamos aqui para relaxar (um pouco) e recarregar as nossas baterias espirituais. Foi-nos oferecido alojamento no Seminário Baptista em Queluz, nos arredores de Lisboa, e na 3ª-feira à noite o director do Seminário, Pr. Paulo Pascoal, me convidou a falar. Procurei desafiar os alunos a considerar o trabalho missionário pioneiro quando buscam a vontade de Deus acerca do seu ministério futuro.

Também tivemos a oportunidade de ir para o norte, cerca de 300 km, perto do Porto, onde Jackie e Jaime estão a ficar com uma irmã dela antes de ir à Austrália visitar outros familiares. Passámos o fim de semana com eles e demos um passeio ao longo do Douro...80 km??...estou adivinhando a distância que andámos antes de atravessar o rio e voltar pela outra margem. Aqui estão umas fotos que tirei, a maior parte através do vidro do carro em movimento, portanto, não são da mais alta nitidez, mas dá uma ideia do que vimos. Clique nas images para ampliar.



Os barcos que antes transportavam o vinho Porto pelo rio, hoje levam turistas entre as margens íngremes do Rio Douro.






Casas estreitas na margem norte do Douro, com a roupa estendida para secar no sol quente num tarde de Outubro.






A margem sul onde o rio é atravessado pela ponte desenhada pelo mesmo Eiffel que ficou famoso em Paris com uma torre.


Talvez uma folha amarela entre as verdes não seja nada muito especial para o leitor, mas como não vemos isso na Madeira, achámos interessante. As árvores na Madeira que perdem as folhas são uma minoria e a mudança de estação quase não se nota.

segunda-feira, setembro 24, 2007

30 Anos: Que Diferença!

Olhando para trás, não vamos dizer que os nossos 30 anos na Madeira passaram "no piscar de um olho". Muita coisa aconteceu; houve tantos processos em andamento. Mas é verdade que o tempo avançou imparável, e parece-nos ter apressado o ritmo da sua marcha. Quatro semanas já passaram desde a última vez que pus algo aqui no blog. Não foi culpa de uma coisa específica...antes, foi a combinação de todas as coisas em que nos envolvemos: o trabalho da igreja, os deveres no consulado, os prazos de entrega de traduções, e a necessidade de acabar projectos em curso na casa. A casa de banho está pronta (quase---ainda falta fazer mais um armário, mas não é essencial para o funcionamento da casa de banho), e com a ajuda de Gabriel e Stephen, consegui instalar umas caleiras para desviar as águas do telhado, que queria instalar há já uns anos.

In termos de traduções, estou a entrar num período de muito trabalho, pois tenho os textos referentes aos websites de dois museus para traduzir, além do livro da história do Funchal (400 p./40.000 palavras), que está a ser editado em Inglês para os 500 anos da cidade, que serão celebrados no próximo ano.

Actualização de notícias sobre Jackie e Jaime: Ainda estão no continente a visitar uma irmã dela, mas em breve planeiam visitar o filho, Sérgio, que acaba de mudar para Inglaterra com sua esposa e filha. Os planos além dessa visita ainda estão indefinidos. Esta é uma foto recente deles com a neta, Lara, tirada numa praia no norte de Portugal. Quanto a notícias sobre o estado de saúde de Jackie, até ao momento não parece haver nenhuma novidade, nem tratamento iniciado para os seus problemas. Continuamos em oração.

A nova pintura da casa nos levou a procurar fotos da casa como ela era quando a comprámos em 1977. Creio que a maioria das pessoas logo encontrarão "as 7 diferenças" entre as fotos, sem grande dificuldade. (Fazer clique em qualquer imagem para ampliar a foto.)




A casa vista de cima.










































A casa vista de baixo.
























































Há fotos tipo "antes e depois" tiradas dentro da casa, mas estas ficarão para a próxima oportunidade. Entretanto, não queria deixar de compartilhar estas duas fotos, a primeira tirada em 1981, quando organizámos a igreja. (Sou eu, à esquerda, no fato reluzente...que toque de classe, heim? O outro pregador é Pr. Raleigh Campbell, missionário que veio das Canárias para ajudar na organização da igreja.) A outra foto foi tirada uns poucos meses atrás, na ocasião do 35º aniversário de casamento de Jackie e Jaime, uns dias antes de sair para o continente.


















Pelas vistas, não foi só a casa que embranqueceu nos últimos 30 anos.

segunda-feira, agosto 27, 2007

Mais perto, tão longe


Duas semanas atrás já tínhamos ultrapassado a fase da obra mais suja e deprimente mostrada nesta foto. Os azulejos e o pavimento da nova casa de banho já estavam assentados e a cabine de duche estava funcional; as boas novas eram que já não pingava água na cozinha do vizinho em baixo...mas a água corria pela nossa casa de banho quando tomámos duche. Por fim (depois de mais três "visitas a domicílio" pelo Senhor Doutor Canalizador) este problema também foi resolvido. MAS...depois ficámos a saber que mais ou menos na altura quando esta foto foi tirada, o rapaz que usava o martelo eléctrico para arrancar o chão e recolocar os tubos do esgoto furou um tubo de luz no tecto do apartamento em baixo. Cortou um dos fios, e o tubo em si era tão danificado e depois encheu-se de massa de tal maneira que não dá para passar novos fios. Já tentei ligar para o empreiteiro, mas ele não atende ao telefone, nem responde ao SMS que enviei... Espero que da próxima vez que escrevo aqui, o projecto da casa de banho não seja ainda notícias. Notícia seria que o empreiteiro viesse logo reparar os danos causados.


Pelo lado mais positivo, Gabriel e seu irmão Stephen têm ajudado com obras aqui em casa, pintando os muros em volta da casa. Já fazia alguns anos desde a última pintura e era bem preciso. Fabio também veio e ajudou durante duas semanas, também.




Há mais fotos aqui.


Estas outras fotos de Stephen e o seu irmão Michael e Fabio foram tiradas no passeio da igreja Sábado.


























Para saber mais sobre a história dessas fotos, pode ir até ao album com as fotos do passeio da igreja, que inclui esta foto interessante:



O tempo estava óptimo, embora esta foto levaria à conclusão que o frio tinha atacado às mãos dos irmãos.

Foi bom ter connosco o Pastor Paulo Pascoal (em baixo, com José Carlos) e a sua família, que estão a passar as suas férias na Madeira este ano. O Pastor é director do Seminário Teológico Baptista em Queluz, perto de Lisboa.



Outras fotos do passeio podem ser vistas aqui. O tempo foi bom...tanto no sentido do clima, como o convívio que houve com os irmãos. É bom saber que o convívio do Corpo de Cristo não é só na hora do culto no templo, assim como que o convívio experimentado em ocasiões como neste passeio não se resume à comida e ao ambiente agradável da serra. Por ser do Espírito Santo, a comunhão é uma constante, e independente das circunstâncias.

domingo, agosto 12, 2007

41

Neste dia, há um ano, celebrámos o nosso 40º aniversário de casamento. Isto significa que hoje é: Domingo. Não houve nenhumas comemorações especiais; passámos o dia na casa do Senhor com o povo de Deus, compartilhando suas vitórias e tribulações.

Jackie e Jaime estão no continente. Completaram a sua mudança da Madeira, e de momento estão com a irmã da Jackie na zona do Porto. Ela levou os resultados a um médico lá, que disse praticamente a mesma coisa que o médico daqui disse: não há nada que possam fazer, e tomar mais medicamentos está fora da questão. Em termos simples: as células do seu corpo estão a morrer. Os médicos não sabem dizer por quê isso acontece, mas os rins e o fígado estão piorando. Este é somente o início de uma lista de problemas que ela tem. A única receita do médico: leve uma vida calma, coma comida simples e saudável, e acima de tudo, evite o stress. Os médicos desistiram, mas o povo de Deus continua fazendo o que está dentro do seu alcance ao orar por ela.

Tânia foi ao continente umas semanas atrás para ter radiocirurgia no Porto para tratar de tumores no cerebro. Mesmo antes de ir, ela disse que sabia que Deus tinha tocado nela. Quando chegou no Porto, os médicos fizeram exames e não encontraram nada, e lhe disseram para voltar para casa. Ela estava no culto hoje e pediu oportunidade para ser baptizada e para dar o seu testemunho. A data mais provável deve ser no princípio de Setembro quando a maioria dos nossos irmãos estiverem já de regresso das suas férias.

Uma das razões de não escrever recentemente são as obras em casa. O vizinho de baixo queixava-se de água a pingar na sua cozinha, vindo da nossa casa de banho. Finalmente determinámos que o problema estava debaixo da banheira. Tirar a banheira implicava substituir os azulejos e o pavimento, e para já, decidimos pôr uma cabine de duche em vez da banheira. Durante mais de uma semana sofremos com a poeira, o cimento, e a inconveniência de estar sem o uso da casa de banho principal. Finalmente, a fase poeirenta passou. Infelizmente, parece que saímos da seca para entrarmos nas inundações. O canalizador não pôs o silicone onde e como devia e a água correu para todo o lado da casa de banho. Depois de ser chamado de volta para rectificar a instalação de uma parte, verificámos que embora ajudasse o problema, não resolveu-o. Ainda há alguma zona que não está vedada como deve ser. Portanto, amanhã (outra vez!) o canalizador estará aqui para terminar a obra. Se há um lado positivo em toda esta história deve ser o facto do vizinho em baixo não ter batido na nossa porta a queixar-se de água a pingar na sua cozinha. Bem, já é progresso.

sábado, julho 14, 2007

A propósito de um comentário

Da última vez, deixei um link para um artigo de notícias, mas sem comentário. Já que Albert Mohler, da Convenção Baptista do Sul, publicou um comentário sobre a notícia do Vaticano, vou deixar que ele faça o trabalho. Pena, mas vou ter de deixá-lo em Inglês (a tradução envolve direitos, etc.). E quanto à notícia aparecer na imprensa aqui na Madeira, até agora nada. Não sei se já saiu no continente. Tem de aparecer mais cedo ou mais tarde, tal como a reintrodução do uso de Latim na missa.

Eu entitulei o meu artigo "Surpreendido? Eu não..." Al Mohler entitulou o seu, "No, I'm not offended" ("Não, não estou ofendido"). Não se sente ofendido, diz ele, porque, "em segundo lugar, não estou surpreendido."

LOUISVILLE, Ky. (BP)--Aren't you offended? That is the question many evangelicals are being asked in the wake of a recent document released by the Vatican. The document declares that the Roman Catholic Church is the only true church -- or, in words the Vatican would prefer to use, the only institutional form in which the Church of Christ subsists.

No, I am not offended. In the first place, I am not offended because this is not an issue in which emotion should play a key role. This is a theological question, and our response should be theological, not emotional. Secondly, I am not offended because I am not surprised. (mais)

quarta-feira, julho 11, 2007

Surpreendido? Eu não...

No site de CNN hoje:

Vatican: Non-Catholics 'wounded' by not recognizing pope

Não vou traduzir. Há de aparecer na imprensa em Portugal; se não, será de estranhar, mesmo.

Sem mais comentário. Por enquanto.

sábado, junho 30, 2007

Golfe, Casamento, e Baptismos

Em toda a minha vida, só uma vez cheguei a jogar golfe. Foi há tantos anos atrás (1971) que não me lembro quantos buracos joguei, nem quantas tacadas marquei. Obviamente esqueci porque seja lá o que fosse o meu "score", não era nada "inesquecível".

Porém, acabo de passar três semanas num campo de golfe, linguisticamente falando. Duvido que a tradução de 23.000 palavras de um contrato para a construção de um campo de golfe seja uma grande ajuda na melhoria do meu jogo, caso eu fosse jogar pela segunda vez na vida. Mas, estou contente em poder voltar a fazer outras coisas que ficaram de lado nestes últimos tempos...dar notícias no blog, por exemplo.


The Wedding


No meio do meu tempo em que eu andava a "construir" um campo de golfe, houve um casamento. Orlando e Lequicha casaram-se na tarde de Domingo, 17 de Junho. Tiraram-se muitas fotos, mas como eu estava "ocupado" durante a ceremónia, eu só pude tirar fotos dos arranjos na igreja e Abbie a ensaiar a música.



A entrada à igreja também foi decorada e as duas portas deixadas abertas durante a ceremónia, que foi muito bem assistida.



Uma Semana Depois -- O Mesmo Local:
O Verde Virou Azul!




Quando construimos o novo templo em 2004, deparámo-nos com um problema: ou o auditório era pequeno demais ou o baptistério era grande demais...não havia maneira de instalar convenientemente um baptistério adequado debaixo do estrado do pódio, como se faz em muitas igrejas. Solução: colocámo-lo à entrada, onde a maior parte do tempo é coberto de um tapete de "relva" artificial. Em nossa igreja, o baptismo por imersão é requisito para ser membro (afinal, somos uma igreja "Baptista"!), mas ainda mais, quem visita tem de, pelo menos, passar por cima do baptistério para entrar no salão! Claro, eles nunca sabem o que está por baixo da entrada se não lhes dizemos.

O Baptismos



Começou com Fábio (último à direita), que apareceu um dia na igreja uns meses atrás, dizendo que tinha acabado de mudar de volta à Madeira para estar com a sua família. Ele viveu dois anos no Brasil, e foi lá que aceitou o Senhor Jesus como Salvador, na 1ª Igreja Baptista de Fortaleza em Novembro. Ele queria ser baptizado. Depois, Lúcia (ao lado de Fábio) disse-nos que ela queria ser baptizada, também. Realmente, ela aceitou o Senhor uns dois anos atrás, e foi baptizada por uma crente que estava de visita à ilha. Embora estivesse satisfeita com a sua profissão e conversão de então, ela sentiu que era mais certo ser baptizada na presença da igreja onde ela quer servir ao Senhor. Ela mora na costa norte da Madeira.

Depois veio Michael. Ele apareceu há um mês, dizendo que ele e seus dois irmãos tinham estado à procura de uma igreja baptista desde a sua chegada à Madeira em Novembro. O seu avô era da Madeira, e emigrou para a Venezuela, onde o pai, e eles também, nasceram. A mãe é brasileira, e a família foi para a República Dominicana há 9 anos atrás, onde os pais ainda fazem um trabalho missionário. Há 13 filhos nesta família! Andaram em outras igrejas no Funchal (pentecostais e carismáticas) onde não se sentiram bem; passaram muito tempo a ler a Bíblia nestes meses (todos leram-na mais de uma vez neste tempo), e depois de encontrar a nossa igreja, Michael trouxe os irmãos, Gabriel e Stephen, na próxima oportunidade. (Michael está à minha direita e Gabriel à minha esquerda...se achar que são muito parecidos, é que são gémeos.) Stephen, 21, é dois anos mais novo e já foi baptizado. É uma história longa, mas os gémeos eram os únicos na família que nunca foram baptizados e eles não queriam perder esta oportunidade.

Finalmente, Vagner e a sua esposa, Márcia, que aceitaram o Senhor em Outubro através do testemunho de outros jogadores de futebol, mas por causa da sua actividade profissional, não tinham podido assistir aos cultos, começaram a frequentar quando a época terminou. Eles ouviram o anúncio do culto de baptismos e queriam dar este passo, também! Cada um dos seis deu seu testemunho de como chegou à fé e do seu desejo de servir ao Senhor. "Venho de mãos vazias ao Senhor, nada tenho para Lhe oferecer, mas eis-me aqui para serví-lO com a minha vida," disse Michael. Os outros testemunhos foram igualmente bonitos e espirituais. Então, saímos para fora e baptizámo-los.



Isto é Gabriel a ser baptizado (eu tenho a certeza por causa da ordem em que as fotos foram tiradas) e o resto das fotos podem ser vistas aqui.

De resto, as últimas semanas eram normais.

sexta-feira, junho 29, 2007

A Festa de S. Pedro...e um Aniversário



O fogo de artifício que ouvimos vindo da ribeira vizinha faz-me lembrar que foi nesta noite de festa há 4 anos atrás que fomos acordados às 5h45 com um grande estrondo. Vestimo-nos apressadamente e chegámos à rua para ver o nosso carro de lado depois de ter sido batido e jogado contra um poste de luz. O condutor já tinha fugido, pois passou a noite a festejar na festa na freguesia de São Pedro ao lado, e perdeu o controlo na curva. Felizmente para ele, saiu ileso; felizmente para nós, foi encontrado dois dias depois e fez participação nos seguros. Nunca mais andámos naquele Opel.


quinta-feira, maio 17, 2007

Já faz algum tempo...

Já faz umas três semanas que não tive oportunidade de pôr nada no blog. Não é que não tenha nada para acrescentar aqui, mas simplesmente tenho tido tanto trabalho que não houve tempo. As traduções, junto com trabalho extra no consulado, ocuparam todo o tempo em que não estava envolvido em algum trabalho da igreja. Devo confesso que no Domingo passado, senti que estava no limite. Graças a Deus, Ele me deu força para o resto do último culto, e desde então tenho tido oportunidade para descansar um pouco mais. Praticamente, estou em dia com traduções, mas no consulado, não haverá nenhum alívio antes do dia 28. Vem muita gente importante relacionado com o governo, o que já está a ocupar-nos com muito trabalho há semanas. A partir de 3ª-feira, vai ser de manhã à noite até 2ª ou 3ª da outra semana.

Nas últimas semanas, mais uma pessoa se apresentou para o baptismo. Lúcia vive no lado norte da ilha e a vinda até o Funchal para assistir aos cultos é uma boa distância, mas está firme na sua fé. Já há dois candidatos para o baptismo, e oramos por outros para que tomem o mesmo passo.

Obrigado a todos que passam por aqui para saber notícias. As suas orações são tão importantes para nós e a obra. Logo que puder, estarei de volta com mais informações e coisas que eu acho interessantes.

quarta-feira, abril 25, 2007

Primeiro ao judeu...

...e também ao grego. (Romanos 1:16)

Há muito poucos judeus na Madeira para evangelizar. Chegámos a conhecer alguns, mas somente um daqueles que conhecemos ainda vive cá. Em tempos havia uma sinagoga (hoje com rés-do-chão ocupado por uma lavandaria), e a Estrela de David ainda existe no padrão dos vidros da janela do último andar.

Também, não há muitos gregos. (Nenhum que nós conhecemos.) Uns dois meses atrás, porém, um artigo no jornal indicava um aumento significativo na população de gregos na ilha: 7 tripulantes de um navio que passava ao largo da Madeira foram presos quando 1500 kilos de droga (cocaína? heroína? não me lembro) foram encontrados a bordo. A Madeia situa-se numa das rotas de narcóticos entre América do Sul e Europa, e fontes policiais dizem que a carga é transferida de um navio a outro no alto mar, de modo que os navios que chegam à Europa com a droga não são os mesmos que saíram da Ameríca do Sul com ela.

Há um mês atrás, um dos prisioneiros que assiste ao estudo bíblico semanal me deu um papel com três números para serem acrescentados à lista que actualizo quando reclusos saem da prisão ou outros querem juntar-se ao grupo. São os números convocados à reunião cada semana. Embora não fossem indicados os nomes dos três, fui informado que são gregos, e que não falam Inglês (e claro, nada de Português), embora um deles "fala um pouco de Espanhol".

Desde então, tenho levado comigo uma Bíblia em grego moderno e um Novo Testamento bi-lingue (grego do NT koiné/grego moderno). Esta semana Georgos apareceu na reunião, e deve ser aquele que "fala um pouco de Espanhol". O que conheço de grego moderno está limitado a umas poucas frases, mas pelo menos pude ajudá-lo encontrar as leituras bíblicas ao longo da lição--tal como tenho de ajudar os outros encontrar os textos nas suas Bíblias em Ucraniano, Russo, Inglês, e Português. Também há um argentino com uma Bíblia em Espanhol que não estava presente esta semana, por isso é normal haver 5 (agora 6) línguas diferentes na mesa. Comunicar até a mais elementar verdade espiritual a homens que representam um leque tão largo de culturas, línguas, e tradições religiosas é algo que só pode ser feito pela unção do Espírito Santo. Como ministro do evangelho, tal como Paulo, sou devedor de anunciar o evangelho de salvação a todos os povos, ao português, ao brasileiro, ao argentino, ao colombiano, ao nigeriano, ao russo, ao ucraniano, ...e também ao grego.

segunda-feira, abril 23, 2007

A Semana Que Foi, e A Que Talvez Venha Agora

Nesta parte do mundo, oficialmente já é 2ª-feira. Agora posso ir dormir. Ao esperar para depois de meia-noite, evito ir para a cama duas vezes no Domingo. Há 24 horas atrás, ainda ultimava as mensagens...e depois de estar fora de casa 12 horas, temos a sensação de ter cumprido um dia de trabalho cheio.

Nos dois cultos de manhã (Inglês) e de tarde (Português), fomos surpreendidos pela presença de famílias que não tinham estado nos cultos há 4 anos por aí, num caso, e 2 anos, no outro. Tudo indica que tencionam estar na igreja na próxima semana. Porque hoje? Não temos a mínima ideia. Deus tem meios de seguir os passos de pessoas e falar com elas, quando nem sequer sabemos onde estão!

Há várias coisas que tenho para colocar no blog, mas não vai ser hoje. A semana passada teve um pouco de tudo: uma visita surpresa pelo Cônsul-Geral de Lisboa, que ocupou um dia; canalização avariada no prédio onde está o consulado--mais um dia "perdido"; vários trabalhos de tradução que ocuparam todos os outros momentos até 6ª-feira à tarde; uma infecção de sinusite nómada...de um lado da cabeça passou ao outro, e depois voltou de novo ao ponto de partida. Tenho a impressão que está em trânsito outra vez.

Esta semana que entramos deve ser diferente: a canalização deve ficar bem mais algum tempo; não estou a ver o CG a voltar à Madeira esta semana. Mas...ainda restam as traduções e a sinusite, que terão de ser enfrentadas. Talvez a semana, afinal, não venha a ser tão diferente.

sábado, abril 14, 2007

Sou missionário, e hoje a minha missão foi...

Saímos de casa esta manhã às 10h00 com uma missão. Não é isso que missionários fazem? A minha missão hoje, porém, não tinha qualquer semelhança a uma lista preparada num curso de seminário. Logo após o pequeno almoço, juntei as caixas de ferramentas, verifiquei os materiais, e fiz uma lista de material em falta. A missão de hoje: 1) Ir até à casa de Kristjan e Andrea para substituir uma tomada eléctrica defeituosa, substituir dois candeeiros de tecto estragados com apliques modernos e eficientes, e configurar o router sem-fios ADSL que compraram há duas semanas, mas nunca conseguiram fazer funcionar com os computadores em casa. 2) No regresso, passar na igreja para afixar uma extremidade do letreiro que soltou durante os temporais recentes. Quando descobrimos o problema umas semanas atrás, eu não tinha ferramentas comigo, e subindo no muro consegui prender o letreiro provisoriamente com um pedaço de arame. E como teria as ferramentas comigo, aproveitaria para instalar uma cadeia de segurança numa das janelas em cima, onde damos Escola Dominical às crianças e onde funciona o bercário. A janela abre o suficiente para uma criança com corpo pequeno e juízo mais pequeno ainda deitar a cabeça, e não só, fora.

Abbie usou o tempo para conversar com Andrea sobre os planos para o bercário, que está a tornar-se cada vez mais necessário, devido aos bebes na igreja (mais ou menos 10 com menos de 3 anos), e planear o programa de música. Na igreja, ela preparou tudo para os cultos amanhã, para assegurar que tudo estava no lugar certo.

Doze horas mais tarde, chegámos em casa, todas as fases da missão de hoje cumpridas com sucesso. Agora, falta juntar as outras ferramentas para a missão de 12 horas amanhã: Bíblias em 4 línguas, anotações para três mensagens, e um sortido de material complementar, musical e outros. Afinal, somos missionários...todos os dias.

domingo, abril 01, 2007

Aquela Noite em Novembro

Por razões que não vale a pena citar aqui, as nossas experiências com co-operadores no campo missionário entre 1976 e 1985 foram traumáticas. Em duas ocasiões, famílias vieram especificamente com o propósito de ajudar-nos na obra, ... e abandonaram a Madeira depois de passar somente um ano aqui. ... o que aconteceu foi que deixei de pedir que Deus enviasse alguém para trabalhar connosco.... (mais...)

domingo, março 25, 2007

Um Telefonema de Londres...Uma Voz do Passado

Eles vão embora e raramente a gente tem notícias deles. Ao longo dos últimos 7 anos, deve ter havido perto de 200 reclusos e reclusas que assistiram aos estudos bíblicos semanais. Alguns, claro, só vêm uma ou outra vez; outros assistem fielmente durante um ano, dois anos, ou nalguns casos até mais, até completarem a sua sentença. Por serem estrangeiros, em 99% dos casos, a sua libertação é acompanhada de uma deportação imediata, portanto, quando saírem, não há despedidas...eles simplesmente não estão na reunião mais. Somente dois ou três alguma vez entraram em contacto comigo depois de estar no seu país, e esta semana houve uma dessas excepções.

Usher, natural de Jamaica e residente em Londres, foi libertado em Novembro. Eu já falei dele num "posting" no blog em Inglês. Ele foi o primeiro Rastafari com quem cheguei a falar, e até experimentei fazer o seu retrato. Não se pode levar uma máquina fotográfica dentro da prisão, e não havia tempo na reunião nem convinha mandá-lo ficar sentado como modelo enquanto desenhava, por isso, vinha para casa e procurava fazer o seu retrato de memória. Esta é uma das últimas tentativas, e devido a isso, talvez seja o mais parecido com Usher.

Porquê ele ligou? Ligou para dizer que estava de novo no seu apartamento que teve de deixar quando foi preso anos atrás. Ele agradeceu a Deus por isso. Ele disse que conseguiu voltar à sua antiga profissão de canalizador, e ele agradeceu a Deus por isso, também.

Ele ligou para dizer que nunca se esquecerá dos estudos bíblicos na prisão, e que ele lê a Bíblia todos os dias. Também disse que ora por mim e que nunca vai se esquecer de mim. (E nem eu jamais me esquecerei dele!)

E ligou para enviar saudações aos que ainda assistem os estudos. E a última coisa que queria dizer para mim: "Pastor, quando cantar outra vez na reunião na prisão, cante Amazing Grace para mim."

quinta-feira, março 08, 2007

Os Bons Velhos Tempos

Em muitos aspectos, os primeiros tempos da obra missionária aqui só são bons porque são velhos; graças a Deus, passaram. O meu plano é futuramente pôr aqui fotos e relatos sobre o começo da obra na Madeira, mas hoje deixo um "link" para um artigo que li esta semana na BPNews (um serviço da Convenção Baptista do Sul (Southern Baptist Convention)). O autor descreve como se fazia telefonemas e a dificuldade em receber encomendas nos correios; nós passámos por exactamente estas coisas. Hoje, estava a reflectir sobre o facto de todas as pessoas terem telemóveis e temos internet de banda larga em casa; tive uma sensação estranha ao tentar lembrar os primeiros anos aqui, quando pedimos uma linha telefónica em casa, e fomos obrigados a esperar cinco anos enquanto não foi construída uma nova central telefónica na nossa vila.

Pelas regras do site de BPNews, só posso dar um link em directo. Não vejo maneira de fazer uma tradução "legal" e colocar aqui. Se sabe ler Inglês, veja o artigo. It's worth your time.

One of the difficulties of serving as a missionary is battling the oppressive feeling that you are laboring alone, buried in obscurity and forgotten. The struggle is harder when you are serving in a country where the general population doesn't even want you to be there. It grows heavier when friends from home forget to write. The devil tempts you to believe that they have also forgotten to pray and that you are making no difference....more

domingo, março 04, 2007

Guardando Segredos


São cerca das 22h30 de Sexta-feira, e acabo de voltar à casa depois de me deslocar ao aeroporto receber uns visitantes à Ilha da Madeira. Um casal é o Embaixador dos EUA em Lisboa e a sua esposa; o casal que os acompanhou é o Governador do estado de Florida, Jeb Bush e a sua esposa. O Governador é irmão do Presidente Bush. O Gov. Bush esteve em Lisboa hoje para participar em conferências por convite do Embaixador Al Hoffman, que é de Florida, o que ajuda explicar a relação entre os dois homens.

Escrevo isto agora, mas só o coloco no blog depois de terem saído da ilha no Domingo de manhã. A visita é particular, e durante bem mais de um mês temos trabalhado para preparar as coisas deste lado para a sua breve estadia aqui, de modo que esta decorra o mais discretamente possível. Para fins de segurança (e privacidade, também), o conhecimento da viagem do Embaixador foi restrito ao número mínimo de pessoas (protecção policial, serviços de táxi, e alojamento), e a identidade dos seus convidados foi ainda mais bem guardada.

Veio-me à mente a vinda de Outra Pessoa que ocorrerá numa data indeterminada do futuro; pensei no contraste entre os preparativos para uma e outra visita. O propósito desta visita era que o mínimo de pessoas tivesse conhecimento da presença do Embaixador e o Governador Bush; Jesus, por outro lado, quer que nós contemos a todos que Ele vem. Quanto mais falarmos da Sua vinda, melhor será. "Todo o olho O verá," diz Apoc. 1:7. E todo o coração deve se preparar para esse encontro. Para a maioria das pessoas, a notícia da vinda de Jesus é um aviso; para nós que cremos n'Ele, a notícia é a nossa tão-esperada bem-aventurança. Em qualquer caso, não há nenhuma razão de manter-nos calados acerca da Sua vinda.

ÚLTIMA HORA: Domingo à noite...

Saímos de casa esta manhã às 9h00 e fomos directamente ao aeroporto, onde ficámos até depois do Gov. Bush e a sua esposa terem embarcado no jacto particular, que os levaria aos EUA em voo directo. O Embaixador e a sua esposa, acompanhados pelo seu assistente e o guarda-costas, retornaram à Lisboa num voo comercial às 11h30, mas nós seguimos para a igreja e não esperámos pela sua hora de embarque.

Coisas Bonitas

A beleza é um dos dons Deus deu ao Homem. A beleza toma muitas formas...na natureza, ela é a reflexão directa da criação, quando Deus viu que "estava bom"; ao homem, feito à imagem e semelhança divina, é dada o dom de criar coisas bonitas... desde a composição de beleza na música à criação de beleza nas artes plásticas: a pintura, a escultura, a arquitectura. Eis aqui algumas das coisa bonitas em nossa volta:


Sempre podemos começar com o nascer do sol todas as manhãs, agradecendo a Deus por cada novo dia. Sexta-feira, este foi o nascer do sol sobre o mar, visto da nossa casa.




Abbie recebeu este orquídea como oferta uns dois anos atrás. No ano passado, quando os botões apareceram, também apareceu um pequeno bicho que picou cada botão em busca da seiva, e não houve uma única flor que abriu. Este ano, Abbie estava prevenida e pôs um pesticida nos pequenos botões. Não sabemos se foi isso que fez a diferença; o que sabemos é que a planta está cheia de flores este ano.

Uma Prenda de Natal




Quando fui à prisão pela primeira vez após o Natal e Ano Novo, Mikhaylo ("Misha"), um dos três ucranianos no grupo me deu um cartão enrolado. Era um desenho em tinta feito por ele, mostrando Adão e Eva a serem expulsos do Jardim do Éden pelo anjo do Senhor. Mandei pôr em moldura preta e coloquei na nossa sala, que é decorada em preto e branco. O desenho mede 45cm x 50cm. A foto não mostra bem o trabalho minucioso com que o quadro foi feito. Nunca imaginei que Misha fosse um artista. Ainda lhe faltam 2 ou 3 anos pelo menos antes de sair; dos 3 ucranianos, ele tem a maior dificuldade em compreender e falar Português. Ore que, com tempo, ele chegue a compreender o significado da graça de Deus. Ele já tem uma ideia de quão destruidor é o pecado.

Embora, nem tudo em nossa volta seja bonita, damos graças a Deus pela beleza que vemos, e sabemos que um dia, "todas as coisas serão feitas novas."

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Fotos de casamento




Bem...tirei estas fotos quando estávamos em Houston para assistir ao casamento do meu sobrinho; talvez isso não seja suficiente para classificá-las de "fotos de casamento". Hoje não escrevo para dar notícias, mas simplesmente compartilhar umas fotos "macro" experimentais, para meditarmos na maravilha da criação de Deus nos detalhes delicados de penas. Faça um clique nas fotos para ampliá-las.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Mike -- Nas Suas Próprias Palavras

Quando escrevi sobre as reflexões em volta da nossa estadia nos EUA na semana passada, eu mencionei o nosso amigo e irmão, Pr. Mike Rogers, que soube que tem linfoma. Hoje recebemos a sua própria descrição da sua experiência e condição, tanto física, como psicológica, neste momento. A seguir, a minha tradução da sua mensagem:

Eu queria dar seguimento à notícia da linfoma. Desde a última vez que escrevi, estive duas vezes com o cirurgião que extraiu os nodos linfáticos. Estou a recuperar bem. Voltei ao trabalho 2 dias depois da intervenção. Também fiz um TAC e consultei um oncologista e o meu médico pessoal. O TAC confirmou a análise dos nodos feita pelo laboratório depois da cirurgia - o cancro está espalhado pelo sistema linfático e o baço está algo dilatado. Devo fazer outro TAC no fim de Abril para poder ter 2 pontos no tempo que permitirão fazer uma estimativa do crescimento do cancro e planear o tratamento.

Os médicos parecem querer optar pela implantação de um programa de "espera vigilante" por enquanto. O prognóstico está sempre incerto, porém, pensa-se que uma pessoa com a minha condição e na minha faixa etária deve esperar o mais tempo possível antes de iniciar a quimioterapia. Para várias razões: é óbvio que o meu cancro já não pode ser evitado e é sistémico (isto é, está espalhado pelo sistema linfático); este cancro é "indolente" (de crescimento lento); enquanto fizer sentido (enquanto me sentir mais ou menos bem e capaz de fazer a minha vida razoavelmente bem), os médicos querem ser os mais conservadores possíveis; querem guardar as opções o mais tempo possível; talvez novas drogas e melhores terapias serão descobertas nos próximos anos (pois a investigação e os estudos em todo o mundo estão a ser feitos com todo o empenho).

Geralmente, me sinto OK. Até agora, tenho continuado a trabalhar (os nossos patrões têm sido muito compreensivos e acomodativos). O meu plano para o futuro é continuar a fazer o que tenho feito até agora, fazer a vida da maneira mais normal possível em todos os aspectos. O oncologista me aconselhou continuar a usar o cinto de segurança no carro e para não começar a fumar, visto que devo ter mais alguns anos de vida pela frente. Em dado momento, serei informado que devo iniciar a quimioterapia (semanas? meses? anos?), o que, segundo os médicos, deveria colocar imediatamente o cancro em remissão, mas é raro haver uma cura real. Em vez disso, fala-se que o doente está "livre de cancro por X anos" ou que é "um sobrevivente de cancro por X anos."

Mais uma vez, obrigado a todos pelas vossas orações e palavras de amor e preocupação. Eu adoraria ser curado - se todos os meus amigos que têm cancro (e problemas semelhantes) pudessem ser curados ao mesmo tempo. Em especial, espero poder estar suficientemente livre de dor para poder estar em controlo de e responsável por meus próprios pensamentos e palavras até morrer. Tendo tempo e oportunidade, proponho meditar sobre questões teológicas e filosóficas, e escrever sobre assuntos que surgem do facto da vida não correr como se esperava ou planeava. Questões como: qual o propósito da vida, é Deus responsável pelas coisas más? o que é o julgamento de Deus, ou a Sua disciplina? as atitudes e emoções, o papel de ambivalência e dúvidas, etc.

Porém, ao contrário destes boletins médicos que envio sem pedir licença, somente enviarei estas estas escritas sobre minhas reflexões se pedir. Com amor, Mike Rogers



O e-mail de Mike é pilgrimmike@bresnan.net se quiser lhe enviar uma palavra de encorajamento e apoio. Ele e a sua esposa, Debbie, viveram no Brazil na sua juventude, e vão poder compreender qualquer mensagem enviada em Português. Responder em Português escrito talvez seja mais dificil para eles, mas sei que toda a manifestação de amor será bem recebido.

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Avisos de Barriga (2): E o vencedor é....

Em seguimento ao que escrevi no Sábado, na véspera do referendo sobre o aborto realizado aqui em Portugal ontem, aqui estão os resultados (em números redondos), e que não são novidade para os leitores nacionais: 60% a favor da despenalização da Interrupção Voluntária de Gravidez (fica mais bonita assim do que dizer claramente que é um aborto à pedido da mãe) vs. 40% contra. Como as abstenções ficaram acima dos 50% (56% dos eleitores não compareceram), o referendo deixou de ter força vinculativa. O governo não é obrigado a emendar a lei.

MAS...o governo Socialista aproveita o momento, e vai mudar a lei...não porque tem de mudar, mas porque quer mudar (como muitos cidadãos também, evidentemente). Isso ilustra o ponto que tentava fazer na mensagem anterior: a nossa natureza pecaminosa nos leva a encontrar um meio de fazer o que sempre queríamos fazer, quaisquer que sejam as consequências mais nefastas, e mesmo reconhecendo-as. (Não é isso que fazem os fumadores? Compram cigarros com avisos tão grandes na carteira: "O FUMAR MATA".)

Nesta mesma linha de pensamento, veio um artigo no Diário de Notícias do Funchal ontem, que falava sobre uma das trupes que vai sair no cortejo de Carnaval este Sábado. O seu tema: "Vamo-nos divertir neste Inferno." Um dos figurantes será um diabo "travesti", e as cores do grupo foram escolhidas porque são "as cores do pecado". (Quem disse que vermelho, roxo e preto são cores do pecado?) A sua apresentação incluirá "citações da Bíblia", junto com ditados populares.

"Se o pecado não fosse tão sedutor, tentador e belo...nunca seria pecado nem íamos para o Inferno," dizem. O pensamento fundamental é que "nenhum homem, seja de que idade for, consegue resistir a uma mulher bonita." Para pôr em prova essa teoria, o nu feminino terá seu lugar na trupe, de acordo com o artigo.

Que triste ver pessoas a caminhar conscientemente direitinho para a destruição: "...porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniquidade." 2 Tess. 2:10-12.

sábado, fevereiro 10, 2007

Avisos de Barriga

Não é que quando a gente precisa de algo, não consegue encontrá-lo? Já vi várias vezes uma foto nos jornais, e não encontro registo nenhum dela em todo o Internet. Por isso, vai esta em sua substituição:

(Foto: O Primeiro de Janeiro, Porto, 10 Fev 2007)

Na foto que procurava, as jovens manifestam-se com a barriga à vista, com as palavras, "Aqui mando eu". Amanhã, aqui em Portugal, os eleitores devem responder "sim" ou "não" à despenalização da IVG (Interrupção Voluntária de Gravidez) nas primeiras 10 semanas da gravidez. Um referendo semelhante nos anos 90 foi rejeitado, mas os jornais dizem que há boa probabilidade que passe desta vez.

Os dois lados têm apresentado seus argumentos na imprensa, na TV, e nas ruas. Um dos argumentos a favor é que as mulheres não vão precisar procurar abortos clandestinos, que provocam mortes e outras consequências nefastas nas mulheres. Só porque quer, nas primeiras 10 semanas, pode uma mulher pedir um aborto no hospital, sem perguntas, sem problemas. (Se eu compreender correctamente a situação.) Um outro argumento comum é aquele ilustrado acima: "É meu corpo (barriga), e sou eu que mando nele."

Ao meu ver, é isso justamente o cerne de todo o problema. Pondo de parte os argumentos médicos, legais, sociais, e psicológicos, "Aqui mando eu" exprime a essência do pecado humano e a rebelião da criatura contra a autoridade de Deus. Como cristãos, devemos antes escrever sobre as nossas barrigas (e todos os outros membros do corpo e sobre todas as áreas das nossas vidas), "Aqui manda Deus".

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Em Casa ... e reflexões sobre o tempo fora dela

São cerca de 8 horas da noite, e estamos em casa desde meio-dia, mais ou menos. Os efeitos secundários da nossa viagem nocturna estão a surgir agora, e mal consigo manter os olhos abertos. Na sala, Abbie está a tocar o piano---Estão recordados? Estar longe do piano foi a sua preocupação principal quando pensava em passar 6 semanas nos EUA---enquanto eu faço um esforço tremendo para ficar acordado mais algum tempo.

A viagem de Arkansas até Newark, e de lá para Lisboa e Madeira passou-se sem problemas (sem demoras, sem perda de ligações ou malas), mas não faltou um susto e outro em terra. Na vespera da viagem, lá pelas 22h00, liguei a Continental para confirmar as reservas para o primeiro voo de Arkansas às 10H30 do dia seguinte. Tudo bem...para Abbie: tudo confirmado até ao destino final. Quanto a mim, o nome e reserva não constavam no sistema! Durante quase 30 minutos, e enquanto não falámos com o 3º funcionário da Continental, surgiu-nos a hipótese de Abbie regressar sozinha, algo que nem ela, nem eu, encarávamos de bom grado. Finalmente, foi descoberta a minha reserva, e pelo menos até Newark eu tinha um lugar garantido. Fomos aconselhados a contactar a TAP para verificar a situação nos outros voos.

Experimentámos telefonar para TAP em Newark, mas a essa hora (quase meia-noite) os serviços da TAP já se encontravam encerrados. Só ouvimos mensagens gravadas. A única outra solução era ligar aos serviços da TAP em Lisboa, que só abrem às 8h00. Como estávamos em CST (GMT -6h), teríamos de esperar até às 2h00 para ligar. Joy e eu fomos dormir com despertadores ligados...conseguimos pouco mais de 1 hora de descanço antes de levantar às 2h00 e ligar para Lisboa e falar com uma pessoa de carne e sangue, que informou que estava tudo OK até à Madeira. Pude então deitar-me com a mente mais descansada, mas as poucas horas da noite que restavam antes de levantarmo-nos e seguir para o aeroporto não providenciaram muito descanço.

Foi em Newark que mais uma vez enfrentámos a confusão. A funcionária da TAP conseguiu colocar-nos em lugares juntos, o que de início não era o caso, mas depois de 15 minutos informou-nos que não podia nos dar o cartão de embarque de Lisboa para a Madeira "porque as malas só estavam encaminhadas para Lisboa!" Seria necessário levantar a bagagem, passar pela alfândega, e fazer um novo check-in em Lisboa. Eu tinha verificado junto do funcionário de Continental que as malas iriam seguir até ao destino final. E agora? Depois lembrei-me de mostrar as etiquetas comprovantes das malas que mostraram Madeira como o destino final. Corrigiram os dados no sistema, e deram-nos cartão de embarque para Madeira também. Eu já estava a prever a situação em Lisboa: procurar malas que nunca iam aparecer, porque seguiriam para Funchal, e depois tentar resolver o problema de bagagem "perdida" ao fazer o novo check-in em Lisboa. Afinal, tudo se compôs e chegámos em cima da hora prevista.

Reflectindo sobre as últimas 6 semanas


Família --

É impossível pensar nas semanas desde o Natal sem recordar experiências de família de um tipo ou outro: o Natal na companhia dos filhos e netos; Abbie e sua irmã a passar 10 dias em casa dos seus pais; 2 casamentos; inúmeras outras ocasiões. Eu com meu irmão e 2 irmãs...todos juntos...uma raridade durante os últimos 30 anos. Estivemos juntos em Agosto, e agora, de novo, no casamento do meu sobrinho. Além disso, pude rever a prima (a mais baixinha na foto), que tenho visto só uma ou duas vezes em mais de 40 anos.

Ao recordar estes momentos, mais uma vez dei graças a Deus pela família, e que tanto Abbie como eu temos famílias que gostam de estar juntos e se dão tão bem. Pensei naquelas pessoas que não têm este tipo de relacionamento familiar, e senti uma tristeza por essa perda deles.

O Superbowl --

Para aquelas pessoas no resto do mundo que não sabem o que é, o Superbowl é o jogo final do campeonato da liga profissional de futebol (americano, claro)...é o jogo pelo título de campeão...tipo Taça de Portugal. Joga-se num Domingo no final de Janeiro/princípio de Fevereiro, e é quase tão envolvente na cultura americana como Thanksgiving ou Natal. Não é feriado, mas o mês que antecede o jogo é tão cheio de reportagens e programas na TV, e a publicidade que o jogo gera (cada 30 segundos de publicidade na TV durante o jogo custaram 2,6 milhões de dólares às empresas) atraem audiências tão grandes, que igrejas cancelam os cultos de Domingo à tarde ou projectam o jogo na igreja, como programa para atrair famílias ou alcançar novos contactos. Pela primeira vez em mais de 30 anos, estávamos nos EUA no Domingo do Superbowl. É algo semelhante à febre gerada em volta do Mundial de Futebol em volta do mundo cada 4 anos. Torna-se um evento quase-religioso. Mas na verdade, é simplesmente mais um jogo. Pensei nas muitas pessoas que, por vários motivos, reconheciam que tudo isso não passa de mais uma vaidade... "Vaidade de vaidades..."

Meu amigo Mike --

Naquele fim de semana do Superbowl, quando estaríamos a experimentar toda essa emoção do grande jogo, recebemos a notícia que o nosso amigo desde a juventude, nosso querido irmão e colega no Senhor, Mike Rogers, fora informado que os testes confirmaram que ele tem linfoma não-Hodgkins folicular. A nossa igreja já está orando, e continuará a orar por ele e Debbie, que visitaram a Madeira uns 7 ou 8 anos atrás. Esta foto foi tirada há 2 anos, num dia de inverno no estado de Wyoming, onde moram.


Ao receber este tipo de notícia, como se muda a nossa perspectiva sobre a importância relativa de coisas e acontecimentos desta vida? Será que o resultado do jogo do Superbowl (ou qualquer outro desporto) realmente tem importância à luz da eternidade? Eu sei que Mike seria o último a dizer que este mundo que Deus criou não deve ser apreciado e gozado. Muitas vezes ele me enviou fotos de flores e outras cenas da natureza que tocaram a sua sensibilidade pela beleza da criação. Já inclui no blog uma foto que ele tirou, que pode ver aqui. Mike sempre pensou que todos os aspectos da vida podem e devem ser gozados debaixo da graça de Deus, até as corridas automóveis NASCAR. Concordo com ele, embora, para ser franco, as corridas NASCAR (ou semelhantes) não me atraem. O mundo em nossa volta está cheio de maravilhas e experiências que Deus quer que nós gozemos; são as notícias como estas sobre a doença de Mike que nos ajudam a manter essas experiências numa perspectiva sã.

sexta-feira, fevereiro 02, 2007

Mais neve, mais um casamento

Na semana passada, escrevi sobre mais uma travessia do Atlântico...e a próxima é daqui uma semana. Já estamos com saudades da Madeira. Por um lado, quando há neve na Madeira, é só nos picos mais altos, e raramente cai mais do que alguns centímetros. Recebi fotos esta semana mostrando a primeira neve deste inverno. Para ter uma ideia:



Estas fotos foram tiradas no topo da ilha, a uma altitude de cerca de 1800 mt. A neve (em verdade, é geralmente granizo) pode cair três ou quatro vezes num inverno, e uma vez em cada dois anos, mais ou menos, pode atingir os 30 cm ou mais de profundidade. Mas ir para lá e tremer de frio é facultativo: sofre quem quer.


Compare isso com a neve (pois é, mais uma vez!) que caiu ontem e durante a noite. No fim do dia ainda caía uma coisinha de neve.




Por entre os carvalhos que não largaram as folhas, avista-se a bandeira americana a flutuar sobre o cemitério local, na hora em que a neve começava a cobrir o chão ontem.





Esta manhã, acordámos com esta vista da porta traseira da casa da Joy.











Aqui está Joy hoje de manhã, quando saiu para o trabalho vestida em função das temperaturas negativas que estamos a experimentar.
Só que não sei como ela trabalha no teclado do computador com aquelas luvas.






Mais uma travessia do Atlântico, mais neve, mais um casamento... Na semana passada estávamos em Tulsa para assistir ao casamento de um amigo; este Sábado, meu sobrinho Joshua vai casar-se perto de Houston. De acordo com os mapas de Yahoo, leva 9 horas para ir daqui de carro. Esperamos que quando pegamos a estrada amanhã, a neve e o gelo já não vão ser um problema nas autoestradas; de outra maneira, a previsão de 9 horas dada na Internet não vai significar nada.

domingo, janeiro 28, 2007

Mais uma travessia do Atlântico

Quando escrevi as últimas vezes, acabava de voltar para a Madeira para lidar com responsabilidades acrescidas: as de "doméstico", pois Abbie tinha ficado nos EUA para visitar Joy e Mark durante uma semana, seguido de mais uma semana e meia com os seus pais. Na 3ª-feira passada, dia 23, viajei novamente em direcção aos EUA. Devido a uma alteração nos voos, fui obrigado passar a noite de 3ª-feira em Newark, antes de seguir viagem para Arkansas na manhã de 4ª.

Joy e Mark estavam no aeroporto à minha espera e me emprestaram um dos seus carros para eu viajar 2 horas para buscar Abbie em casa dos seus pais. Depois de almoçar e fazer uma curta visita lá, Abbie e eu voltámos as 2 horas de caminho até à casa de Joy e Mark. Mas essa estadia só durou 2 noites.

Ontem, Abbie e eu viemos a Tulsa no estado de Oklahoma para passarmos duas noites e participar num casamento. Jay, que jogou basquetebol 3 ou 4 anos na Madeira, casou-se esta noite. Ele foi uma bencão para nós durante o tempo que estava na ilha, e antes de sair, chegou a dirigir o ministério com os jovens e ia comigo à prisão cada semana. O desporto profissional está no passado agora, pois tem sido ministro de jovens numa igreja de Tulsa nos últimos 3 anos ou mais. Casamentos, por natureza, tendem ser bonitos; alguns, como este, são bonitos devido à presença visível de Deus nas vidas dos nubentes. Jay e Lindsay serão usados por Deus para abençoar muitos, com certeza.

No próximo fim de semana, mais um casamento. Desta vez, à distância de 10-12 horas de carro, em Houston, onde meu sobrinho Josh vai casar. Quando regressarmos a Arkansas depois daquele casamento, faltarão poucos dias antes de voltarmos para a Madeira no dia 8 de Fevereiro: mais uma travessia do Atlântico. Basta! digo eu...durante algum tempo pelo menos.

quinta-feira, janeiro 11, 2007

Até aqui, tudo bem

Já faz quase uma semana que voltei para casa e comecei a conhecer as "alegrias" de viver só. Cozinhar, por exemplo, não é tão difícil: Colocar a comida na panela, e pôr ao lume. Quando a cozinha se encher de fumo, tira-se a panela do lume e sirva. Alguém pergunta se consigo comer o que preparo? Claro! Evito preparar o que não gosto.

Ainda há roupa no armário e nas gavetas, por isso lavar roupa e passar a ferro são alegrias adiadas para a semana. Não vai ser a primeira vez que faço isso, mas Abbie provavelmente não se lembra da última vez que o fiz. Sei que a "regra do fumo" que serve na cozinha não se aplica ao trabalho de engomar a roupa.

Fora de casa, o tempo virou chuvoso e "frio"...baixou até 10º ontem. Não se compara com os -14º do Colorado, mas com humidade e sem aquecimento em casa, é mais desconfortável.

Na igreja, os últimos dos membros que viajaram (com a excepção de Abbie) já voltaram, José Carlos e Susana tendo chegado do Brasil hoje. Marcia voltou mais cedo na semana com muito bom aspecto. Será tão bom ver a casa do Senhor cheia mais uma vez este Domingo.

sábado, janeiro 06, 2007

Funchal e o Livro de Recordes Guinness

Pela primeira vez em 30 anos não estávamos presentes, neste ano em que tornou-se oficial: O Livro de Recordes Guinness mandou uma equipa para observar pessoalmente o espectáculo pirotécnico da noite de fim-de-ano, e dentro de horas confirmaram a sua decisão. O fogo de artifício na noite de São Silvestre (31 Dez) foi homologado como a maior espectáculo desse tipo no mundo.

Se perdeu a experiência, também, pode fazer clique aqui pode aceder a um site que mostra o vídeo de 11 minutos, que começa mostrando a estrada que fazemos todos os dias entre a casa e o Funchal. O fogo de artifício em si ocupa quase 10 minutos. No final, ouvem-se os barcos de cruzeiros (8) que estiveram no porto nessa noite. O site (em Inglês) também inclui alguns dados sobre o fogo (por ex.: 8000 explosões por minuto), mas não sei se fala do custo, que foi cerca de 1 milhão de euros (1,3 milhões de USD).

Sozinho em Casa

Apesar do atraso de 3 horas em Newark, cheguei em casa na hora prevista (15h e tal ontem), graças às 5 horas previstas entre voos no Porto, que permitiram-me a apanhar o voo para Funchal.

Eu ia colocar mais umas das últimas fotos que tirei a caminho de Denver (mais de 2 horas de viagem de Pueblo), mas o computador não está de boas relações com o leitor de cartões neste momento. Não faz mal, as fotos só mostram mais neve e mais neve e mais neve. E por falar em mais neve, um e-mail da Mãe diz que ontem estava a cair muita neve outra vez entre Pueblo e Denver. Consegui sair antes de mais uma tempestade de neve.

Foi muito bom estar com a família nesta altura do ano. Agora estou sem família nenhuma por perto, pois Abbie ficou com Joy e Mark. Bem, "sem família nenhuma" não é bem o caso: os irmãos e as irmãs da igreja são família, também, e fico feliz em poder estar com eles amanhã.

Entretanto, não é enredo de cinema: estou literalmente, "sozinho em casa", pelo menos até levantar voo para regressar aos EUA em 2 semanas e meia.

terça-feira, janeiro 02, 2007

Sempre em frente

A página do calendário virou e entrámos já no ano de 2007. Raquel e Chris voltaram para casa na 6ª-feira depois do pior da tempestade ter passado. Eles têm de atravessar as Montanhas Rochosas para chegar em Grand Junction, que fica perto da divisa com Utah. Esta vez talvez fosse melhor ir para o oeste do que para o leste. Não caiu muita neve desta vez aqui mas para o sul e para o leste, as estradas foram fechadas com "dunas" (drifts) de neve com 3 metros e mais de altura. Até prédios cederam debaixo do peso da neve.

Abbie partiu hoje (3ª) com Mark e Joy para voltar para Arkansas. As estradas devem estar já limpas, mas com certeza vão ver muita neve pelo caminho. Espero que a sua viagem, que normalmente leva 12 horas, não seja muito mais do que isso. Eu devo partir de Denver na 5ª-feira por volta de meio-dia, e chegar na Madeira por volta de meio-dia do dia seguinte. Julgo que esta será a última vez que escrevo antes de chegar em casa. Aqui deixo uma amostra das fotos tiradas nos últimos dias.

Não caiu muita neve aqui, mas o frio que veio depois da neve deixou as árvores cobertas de geada antes do sol derreter tudo o gelo frágil.




























































As flores de verão, mortas há muito, obstinadamente ergam as suas cabeças castanhas por cima da neve, e fazem contraste com a brancura da neve. "Porque toda a carne é como a erva, e toda a sua glória como a flor da erva. Secou-se a erva, e caiu a sua flor; mas a palavra do Senhor permanece para sempre." 1 Pedro 1:24-25

























De dia, os raios do sol passam pela cerca, e ao cair da noite, a lua cheia levanta e ilumina o mesmo campo.