quinta-feira, junho 29, 2006

Arte na prisão


Não sei como, mas esta semana, na reunião na prisão, começámos a falar sobre igrejas, e especialmente, a diferença entre a Igreja Ortodoxa na Ucrânia (e claro, na Rússia e nas outras variações deste ramo de cristianismo). De um lado da mesa estavam dois homens da América Latina, e do outro, dois da Ucrânia. Creio que tudo começou quando perguntei se sabiam os 10 Mandamentos. O primeiro, eles sabiam, mais ou menos. O segundo...nada. Ao explicar que o segundo mandamento proibe o fabrico de estátuas e imagens e em seguida, prostrar-se perante elas, fiz menção da diferença entre a Igreja do Ocidente (Roma) e a do Oriente (as Igrejas Ortodoxas). A Igreja Católica adoptou o uso de imagens (estátuas), enquanto as Ortodoxas proibiram as estátuas, e ficaram com as pinturas, os ícones.

Falei das nossas impressões das igrejas ortodoxas que visitámos na Ucrânia...a diferença mais notável talvez sendo que é raro encontrar um banco numa igreja ortodoxa. O povo assiste as ceremónias de pé. A arquitectura ortodoxa também é muito sui generis. Foi aí que Mishah pediu uma esferográfica e desenhou uma igreja ortodoxa típica. Outra diferença: as igrejas e capelas tendem a ser redondas ou octagonais. Nota-se isso também no desenho.

Já faz um ano desde a nossa visita. (Veja nos arquivos de Junho 2005 para fotos e descrição da viagem.) Voltaremos? Só Deus sabe. Entretanto, para aqueles que têm algum interesse no Mundial de Futebol, a Ucrânia ainda lá está. Com Portugal e o Brasil, são três equipas que merecem o pequeno apoio nosso...já que os EUA não foram tão bem sucedidos!

segunda-feira, junho 26, 2006

Explicando Melhor

Depois de ler o blog da semana passada, onde mencionei que tive de preparar a visita do embaixador dos EUA na sua visita oficial à Madeira, reparei que, ao contrário do que fiz na versão em Inglês, não indiquei no pequeno parágrafo biográfico ao lado que, desde Fevereiro 2001, sou também o Agente Consular dos EUA na Madeira. É algo como ser Cônsul Honorário, só que no caso dos EUA, é uma posição remunerada. Há semanas em que não há muito trabalho, mas de vez em quando surge um caso em que é preciso trabalhar à noite ou fim de semana.

Achei por bem falar nisso, caso alguém tivesse lido o que escrevi na semana passada e não entendeu porque eu iria ser chamado a ajudar na visita do embaixador. Aproveito para acrescentar este facto da minha posição consular no texto na coluna da margem esquerda.

domingo, junho 18, 2006

Admiro aqueles que...

escrevem no seu blog todos os dias. Ou duas ou três vezes por semana. Ou uma vez por semana, sem falhar. Neste momento, não reuno as qualificações mínimas para ser incluído nesse número dos admirados.

Nas últimas semanas, já tentei colocar uma mensagem no blog, junto com fotos, mas naquele dia, e naquela hora, a ligação internet deixou de funcionar. Agora tenho de encontrar aquelas fotos novamente e tentar publicar a mensagem outra vez.

Enquanto isso, além de estar com trabalhos de tradução sem interrupção, tive de ajudar preparar a visita à Madeira do embaixador dos EUA em Portugal, quando ele veio em visita oficial na outra semana. Foi o clímax de meses de preparação e programação da visita, que na semana antes da data programada, estava cancelada durante 24 horas. Felizmente, o cancelamento não "pegou", e a visita prosseguiu de acordo com o planeado. Ainda bem, senão teríamos de fazer todo o trabalho de preparação de novo. Por isso, houve semanas antes da visita, e os dois dias de visita aqui, que eu estava mesmo cheio de trabalho.

No feriado nacional na Quinta-feira (Corpo de Deus), dia 15, a igreja aproveitou e passou o dia na serra. Cerca de 50 pessoas foram lá deliciar-se com as nuvens, chuva miudinha, neblina, e um momento e outro de sol. Na verdade, apreciámos mais a comida e as actividades planeadas pelas irmãs Marcia e Gil-Lene do que o tempo.

Sexta-feira, eu e Abbie assistimos a um concerto de um grupo austríaco, que tocou guitarra, harpa, e cítara. Abbie estudou harpa durante um ano, e maravilhou-se com a facilidade com que a harpista produziu música lindíssima. Nada fácil, disse Abbie. Eu, que há alguns anos procuro tocar guitarra, mas sem professor, observei a jovem senhora que tocou a guitarra. Como ela tocava, parecia fácil, mas a aparência engana. E o senhor que tocou a cítara! Mas como nenhum de nós alguma vez tentou tocar uma cítara (e para dizer a verdade, nem sequer tínhamos visto alguém tocar uma), podíamos descansar e deliciar-nos com a sua música sem sofrer o tipo de frustração pessoal que sentimos ao ver as senhoras tocar instrumentos com que temos "lutado".

Mas tudo isso está no passado. Já são as primeiras horas de mais um Domingo, e aguardamos com expectativa o que o Senhor nos trará neste dia. E quanto ao blog...eu ainda tenho aspirações de conseguir fazer parte daquele grupo que admiro tanto, nem que seja por publicar uma mensagem pelo menos uma vez por semana.