domingo, maio 16, 2010

Notícias de Arkansas

A viagem de Lisboa a Arkansas na 5ª-feira foi sem problemas. Houve uma conexão apertado em Newark, mas tudo ficou perfeitamente encaixado pelo Senhor. Passámos a noite de 5ª-feira com Joy e Mark, e 6ª-feira eles e Mia nos acompanharam até a casa dos pais de Abbie. Ontem Joy e família viajaram até Londres, e durante os próximos dias vão visit Londres e Escócia; 6ª-feira viajam de Londres à Madeira (se as cinzas não fecharem os aeroportos novamente). Nós saímos daqui na 3ª e chegamos em casa na 4ª.

O funeral da minha sogra é amanhã de manhã. Os irmãos da Abbie e seus cônjuges estão todos aqui. Jeff está aqui; Raquel e Ricardo chegam hoje de Colorado.

O pai da Abbie tem muita dificuldade em compreender o que está a passar. Ele sofre de senilidade (dementia em Português?...não tenho tempo de verificar...mas não é Alzheimer's) e está sempre a "descobrir" que a sua esposa morreu. A dor dele renovada constantemente é uma dor acrescentada para todos os outros de nós, mas oramos que Deus estenda Sua graça abundante ao pai e a nós.

quarta-feira, maio 12, 2010

Peregrinos

Em Israel, o nosso guia nos chamou de peregrinos; a Bíblia diz que nós que vivemos por fé somos peregrinos como nosso pai na fé, Abraão. Nas nossas voltas através do deserto de Judeia e na Jordânia, vimos muitas tendas como esta.




Doravante sempre imaginarei Abraão a viver numa dessas tendas beduínas, embora sei que não tinha um "pickup" estacionado ao lado como quase todos têm hoje. Em 1 Cor. 5, Paulo diz que vivemos em tendas agora, mas Deus tem para nós um prédio eterno preparado para quando abandonarmos a nossa tenda.

Esta noite, a mãe da Abbie acabou a sua peregrinação; abandonou a sua tenda de 88 anos. Era perto de meia-noite aqui, pouco depois de publicar a última entrada aqui no blog quando vi o e-mail da minha cunhada a pedir que ligasse para ela, pois ela não conseguia entrar em contacto. (Não estávamos em casa.) Quando liguei, ela deu a notícia que a sua mãe foi encontrada na casa de banho, onde provavelmente tinha morrido uns 30 minutos antes. A minha sogra sofria de várias problemas, mas conseguiu fazer a sua vida minimamente até ao último minuto. A cunhada disse que a morte deve ter sido instantânea, com o mínimo de sofrimento.

Abbie já estava a dormir quando eu soube das notícias. Acordámos às 5:30 para ir à casa de banho, mas esperei até ela se levantar às 7h30 para lhe contar. O Pastor Paulo Pascoal nos levou à agência em Lisboa para alterar os nossos bilhetes, pois devíamos sair de Lisboa para a Madeira esta tarde. Também comprámos bilhetes para amanhã de manhã para Arkansas, e devemos estar em casa da Joy até 19h00. Sairemos na 3ª-feira e estar em casa daqui uma semana, "se o Senhor quiser."

Joy e Mark saem Sábado para passar uns dias na Inglaterra e Escócia antes de ir à Madeira no dia 21, 6ª-feira. Mal teremos tempo de chegar em casa antes da vinda deles.

O Senhor planeou tudo com perfeição. Dois dias antes estávamos no deserto na Jordânia e no Deserto Negueve. Estávamos quase fora de comunicação, e mesmo sendo notificados da morte da mãe, não havia nada a fazer, pois não conseguiríamos mudar os planos. Se a minha sogra tivesse morrido hoje, já estaríamos na Madeira, com a confusão de encontrar um voo para Lisboa. Se tivesse morrido na próxima semana, teríamos um problema por causa da visita de Joy e Mark. Esta manhã foi o único dia quando era possível alterar os planos com o mínimo de complicações.

Pois, mais uma peregrina terminou a sua viagem e deixou a sua tenda vazia. Mudou para o edifício que Deus preparou, eterno, não feito por mãos humanas.

terça-feira, maio 11, 2010

Os grandes contrastes de um dia só

Os últimos 10 dias foram passados num mundo totalmente diferente de qualquer experiência anterior nossa. A única coisa com que eu podia me identificar foram as terras áridas do deserto que me fez lembrar as planícies dos desertos do sudoeste americano. No Deserto do Negueve no último dia, tivemos de passar por uma tempestade de areia muito semelhante àquelas de que eu me recordo dos tempos da minha juventude nas planícies secas de Colorado.

O último dia foi um dia de grandes contrastes. Começámos em Eilat, no Mar Vermelho, e subimos ao longo da fronteira com a Jordânia, almoçando nas margens do Mar Morto. (Um vento seco do sul, areia a cortar a visibilidade, 43ºC). Daí, 30 a 40 km distante, jantámos nos arredores de Jerusalém, a caminho de Tel Aviv. (Uma brisa forte do oeste vindo do Mediterrâneo, 23ºC). Saindo de Tel Aviv à 1h00, chegámos em Bruxelas por volta das 5h00, temperatura: 3ºC!

Já de início, planeámos passar uma noite em Lisboa antes de voltar à casa na Madeira. Ainda bem. O aeroporto da Madeira estava fechado ontem devido à nuvem de cinzas, e não ouvimos nenhuma confirmação de que abriu esta tarde. Talvez cheguemos em casa amanhã.

Durante a hora entre os voos em Bruxelas, eu reflecti sobre os últimos 10 a 11 dias, e comecei a pensar sobre o mundo em que estávamos a entrar de novo. Houve qualquer sentimento de saudade no meu pensamento: "Uma vida sem camelos já não é a mesma coisa."

                                                                                                                                                        Foto tirada em Petra

domingo, maio 09, 2010

Quase em casa?

É a nossa última noite em Israel. Estamos em Eilat, depois de vir de Petra na Jordânia. Também a maior parte do dia ontem foi passado na Jordânia.

Amanhã viajamos o dia todo até Tel Aviv, onde devemos apanhar o avião à 1:00 de 3ª-feira. A chegada em Lisboa está marcada para 8h e tal de manhã, com uma passagem por Bruxelas. Quase em casa!

Ouvimos dizer que alguns voos para Lisboa estão sendo cancelados devido à nuvem volcânica. Quase em casa?

segunda-feira, maio 03, 2010

Excursão pela Galiléia

Hoje falhámos um ponto no programa: a atravessia do Mar da Galiléia em barco de madeira, mas pelo menos não deixámos ninguém atrás como ontem. A nossa visita a Nazaré levou mais tempo do que foi planeado, mas depois do almoço demos uma volta de barco no mar onde os discípulos pescaram e Jesus andou e acalmou as ondas.

A caminho de Nazaré, passámos por Caná de Galileia, onde Jesus fez o Seu primeiro milagre. Na estrada, a passar pelo centro, vi lojas que fizeram referência a este facto: "The Wedding Wine ..." e "The First Miracle ...". Lojas para turistas, com certeza, por isso os nomes em Inglês. Não consegui fotografar nenhuma das duas.

Nazaré, uma vila de 500 ou 600 no tempo de Jesus, tem perto de 250.000 habitantes hoje na grande área urbana, a maior parte sendo árabes. Muitas vezes, as placas estavam escritas em Inglês e Árabe em vez de Inglês e Hebraico. Numa área dentro da cidade, há uma amostra do que teria sido a vida em Nazaré há 2000 anos atrás. Procurou-se replicar tão fielmente possível a construção das casas e as profissões do tempos. O nosso grupo gostou tanto do tempo lá que perdemos a ligação de barco para o outro lado do mar.

Visitámos outras áreas onde Jesus ministrou--e parece haver algum tipo de igreja em cada lugar. Em Cafarnaum, onde Pedro viveu e onde Jesus residiu, há uma igreja moderna construída sobre o local onde a sogra de Pedro viveu, a um quarteirão da sinagoga.

E há Kursi, o lugar onde a tradição diz que os porcos lançaram-se ao mar quando os demónios entraram neles em Gadara. Houve alguma discussão entre nós sobre este lugar ser o sítio do milagre de Jesus. O topo da arriba fica uns 100 m distante do mar. Nas condições de hoje, o milagre seria em fazer os porcos correr do precipício e voar aquela distância para caírem no mar. Há ruínas de uma igreja aqui também.

No local onde Jesus multiplicou os pães e peixes junto ao mar "porque era um lugar deserto", mais uma igreja grande (provavelmente Ortodoxa, a julgar dos ícones na igreja).
Tentei imaginar o local como teria sido nos dias de Jesus, mas a igreja, as lojas de recordações, e os autocarros de turismo estragaram a imagem de "lugar deserto." Além disso, nem deu para ver a costa daquele lugar por causa de todas as construções. Nunca teríamos adivinhado que estávamos perto do mar.

O Monte das Bem-aventuranças, onde tradição diz que Jesus pregou o Sermão da Montanha, praticamente fica acima do lugar onde Jesus multiplicou o pão e peixe para 5000 homens e suas famílias. Mais uma igreja. Mas nós ficámos na encosta da montanha a contemplar as colinas de Galiléia à direita e o Mar da Galiléia à nossa esquerda, meditando no que tínhamos visto e no que estávamos a ver. Apesar da interferência de homens "religiosos" que constroem monumentos para comemorar eventos---tal como Pedro no Monte de Transfiguração, "Senhor, é bom estarmos aqui; façamos três tendas: um para Ti, uma para Moisé, e uma para Elias"---e embora eu podia ver a urbanização a subir as encostas acima de Tiberíades na forma de apartamentos, aquele mar e aquelas colinas permanecem praticamente iguais hoje como eram quando Jesus atravessou-os.

domingo, maio 02, 2010

De mar em mar

Na noite passada, estávamos em Tel Aviv e tirei fotos do pôr-de-sol sobre o Mediterrâneo. Hoje estamos em Tiberíades na margem ocidental do mar de Galileia. Tirei fotos do sol a iluminar as colinas do outro lado do mar.

Hoje, não coloco fotos. Tirei uns 130 e tal, e não tenho tempo de escolher as que vou pôr aqui.

Com certeza, os próximos dias serão de grande instrução. Hoje, logo de início vi que tinha confundido Haifa com Jofa (Jope) ... vejá a correcção ao artigo anterior.

Depois descobri que Cesareia não está onde sempre pensava. Sempre imaginei Pedro a sai de Jope e ir a Cesareia Filipe em Galileia, mas afinal havia outra Cesaréia na costa a norte de Jope. Esta era maior e aqui foi a base de Pôncio Pilatos e, mais tarde, Cornélio.

Depois fomos ao Monte Carmelo, onde Elias enfrentou os profetas de Baal. Aqui vi que: l) Monte Carmelo é, de facto, um monte. 2) Ele tem uma vista sobre o Vale de Megiddo (local profético do último grande batalha quando o Senhor voltar). O que leva à próxima descoberta.

O Vale de Megiddo é enorme. É uma vasta planície! Sempre me perguntava como os exercitos de todas as nações podia estar num só vale. O que vi hoje me leva a crer que há lugar para muitos exércitos lá!

Quando chegámos a Tiberíades, no mar de Galiléia, tomei conciência pela primeira vez que este mar também está abaixo do nível do mar... 213 a 218 metros abaixo do nível do mar. O envolvente do mar é algo diferente do que eu imaginava.

Nazaré: vamos lá amanhã, mas hoje vimos a cidade quando atravessámos o vale de Megiddo. Nunca imaginei Nazaré situado nas colinas sobre o vale de Megiddo. Dá para ver Nazaré da cidade de Naím, que fica no monte do outro lado do vale. Foi aqui que Jesus levantou dos mortos o filho da viúva...foi nesta cidade que almoçámos hoje.


Evento do dia:

Em Tel Megiddo, na volta do cimo deste local arqueológico, Abbie e um dos irmãos decidiram regressar ao início do percurso, em vez de descer 183 degraus num túnel, andar ao longo do túnel até à antiga fonte da cidade, e depois subir mais 80 degraus para sair no lado oposto do pequeno monte. O autocarro esperava o resto do grupo lá, e passaria outra vez pela entrada para pegar Abbie e Helder. Só que na volta, o motorista continuou sempre! "Ei! Esqueceu-se da minha mulher!" Até poder virar para trás com o autocarro grande, tivemos de andar vários quilometros. Abbie e Helder estavam sentados, esperando pacientemente por nós. Já pensou?! Abandonámos os dois no meio do nada no norte de Israel!

sábado, maio 01, 2010

Primeiro dia em Israel




A saudação hebraica para quem vem do Sul dos EUA! Quem não conhece o sotaque sulista dos EUA não pode apreciar a graça que achámos neste azulejo na montra de uma loja.

Chegámos em Tel Aviv depois de meia-noite, e porque hoje era Shabbat, não havia quase nada aberto senão uns restaurantes e cafés. (Um dos três elevadores no hotel estava assinalado como "elevador do Shabbat"...e só foi colocado de novo em operação depois do pôr do sol hoje---quando o Shabbat terminou!) De manhã eu e Abbie andámos ao longo da praia em direcção ao sul, e de tarde, acompanhámos a costa mediterrânica para o norte do hotel. Como não pudemos comprar o azulejo, ficámos com uma foto!

Entre as vistas hoje: a rua em baixo da janela do nosso quarto, com as palmeiras.






Indo do hotel para a praia, passámos por um jardim cujo aspecto nos fez lembrar da paisagem que imaginámos ser aquela de terras bíblicas. O tempo foi perfeito.




A praia estende-se por vários quilómetros, e houve zonas muito ocupadas, e outras quase desertas.




No fim do passeio de tarde, estávamos perto do antigo porto de Tel Aviv quando o sol se pôs sobre as águas do Mediterrâneo. Amanhã começámos a fazer turismo a sério, Haifa** (Jope na Bíblia) e outros lugares no norte do país. Não terei tempo para relatos completos, mas vou procurar manter os leitors mais ou menos informados do nosso progresso geral.

**Domingo à noite: Erro meu. Confundi Haifa com Yofa, o nome hebraico para Jope. Eu sabia que o nome local era diferente, e sendo Haifa uma cidade portuária, eu disse que íamos a Haifa. Não fomos. Mas realmente fomos a Jope (oficialmente a cidade é "Tel Aviv-Yofa"). Veja o artigo para Domingo.

Primeira paragem: Bruxelas

Voámos de Lisboa até Bruxelas, onde tivemos umas 4 horas de tempo livres antes de voltar ao aeroporto para o voo para Tel Aviv. Assim, demos um salto ao centro para comer qualquer coisa e ver a praça central, que está cercada de prédios muito decorados. Aqui está uma amostra do que vimos:









Eu e Abbie provámos um "guisado flamengo" e um gofre belgo (claro!), mas não restou nenhuma amostra destes para compartilhar.