Os últimos 10 dias foram passados num mundo totalmente diferente de qualquer experiência anterior nossa. A única coisa com que eu podia me identificar foram as terras áridas do deserto que me fez lembrar as planícies dos desertos do sudoeste americano. No Deserto do Negueve no último dia, tivemos de passar por uma tempestade de areia muito semelhante àquelas de que eu me recordo dos tempos da minha juventude nas planícies secas de Colorado.
O último dia foi um dia de grandes contrastes. Começámos em Eilat, no Mar Vermelho, e subimos ao longo da fronteira com a Jordânia, almoçando nas margens do Mar Morto. (Um vento seco do sul, areia a cortar a visibilidade, 43ºC). Daí, 30 a 40 km distante, jantámos nos arredores de Jerusalém, a caminho de Tel Aviv. (Uma brisa forte do oeste vindo do Mediterrâneo, 23ºC). Saindo de Tel Aviv à 1h00, chegámos em Bruxelas por volta das 5h00, temperatura: 3ºC!
Já de início, planeámos passar uma noite em Lisboa antes de voltar à casa na Madeira. Ainda bem. O aeroporto da Madeira estava fechado ontem devido à nuvem de cinzas, e não ouvimos nenhuma confirmação de que abriu esta tarde. Talvez cheguemos em casa amanhã.
Durante a hora entre os voos em Bruxelas, eu reflecti sobre os últimos 10 a 11 dias, e comecei a pensar sobre o mundo em que estávamos a entrar de novo. Houve qualquer sentimento de saudade no meu pensamento: "Uma vida sem camelos já não é a mesma coisa."
Foto tirada em Petra
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