segunda-feira, maio 03, 2010

Excursão pela Galiléia

Hoje falhámos um ponto no programa: a atravessia do Mar da Galiléia em barco de madeira, mas pelo menos não deixámos ninguém atrás como ontem. A nossa visita a Nazaré levou mais tempo do que foi planeado, mas depois do almoço demos uma volta de barco no mar onde os discípulos pescaram e Jesus andou e acalmou as ondas.

A caminho de Nazaré, passámos por Caná de Galileia, onde Jesus fez o Seu primeiro milagre. Na estrada, a passar pelo centro, vi lojas que fizeram referência a este facto: "The Wedding Wine ..." e "The First Miracle ...". Lojas para turistas, com certeza, por isso os nomes em Inglês. Não consegui fotografar nenhuma das duas.

Nazaré, uma vila de 500 ou 600 no tempo de Jesus, tem perto de 250.000 habitantes hoje na grande área urbana, a maior parte sendo árabes. Muitas vezes, as placas estavam escritas em Inglês e Árabe em vez de Inglês e Hebraico. Numa área dentro da cidade, há uma amostra do que teria sido a vida em Nazaré há 2000 anos atrás. Procurou-se replicar tão fielmente possível a construção das casas e as profissões do tempos. O nosso grupo gostou tanto do tempo lá que perdemos a ligação de barco para o outro lado do mar.

Visitámos outras áreas onde Jesus ministrou--e parece haver algum tipo de igreja em cada lugar. Em Cafarnaum, onde Pedro viveu e onde Jesus residiu, há uma igreja moderna construída sobre o local onde a sogra de Pedro viveu, a um quarteirão da sinagoga.

E há Kursi, o lugar onde a tradição diz que os porcos lançaram-se ao mar quando os demónios entraram neles em Gadara. Houve alguma discussão entre nós sobre este lugar ser o sítio do milagre de Jesus. O topo da arriba fica uns 100 m distante do mar. Nas condições de hoje, o milagre seria em fazer os porcos correr do precipício e voar aquela distância para caírem no mar. Há ruínas de uma igreja aqui também.

No local onde Jesus multiplicou os pães e peixes junto ao mar "porque era um lugar deserto", mais uma igreja grande (provavelmente Ortodoxa, a julgar dos ícones na igreja).
Tentei imaginar o local como teria sido nos dias de Jesus, mas a igreja, as lojas de recordações, e os autocarros de turismo estragaram a imagem de "lugar deserto." Além disso, nem deu para ver a costa daquele lugar por causa de todas as construções. Nunca teríamos adivinhado que estávamos perto do mar.

O Monte das Bem-aventuranças, onde tradição diz que Jesus pregou o Sermão da Montanha, praticamente fica acima do lugar onde Jesus multiplicou o pão e peixe para 5000 homens e suas famílias. Mais uma igreja. Mas nós ficámos na encosta da montanha a contemplar as colinas de Galiléia à direita e o Mar da Galiléia à nossa esquerda, meditando no que tínhamos visto e no que estávamos a ver. Apesar da interferência de homens "religiosos" que constroem monumentos para comemorar eventos---tal como Pedro no Monte de Transfiguração, "Senhor, é bom estarmos aqui; façamos três tendas: um para Ti, uma para Moisé, e uma para Elias"---e embora eu podia ver a urbanização a subir as encostas acima de Tiberíades na forma de apartamentos, aquele mar e aquelas colinas permanecem praticamente iguais hoje como eram quando Jesus atravessou-os.

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