Não é que quando a gente precisa de algo, não consegue encontrá-lo? Já vi várias vezes uma foto nos jornais, e não encontro registo nenhum dela em todo o Internet. Por isso, vai esta em sua substituição:
(Foto: O Primeiro de Janeiro, Porto, 10 Fev 2007)
Na foto que procurava, as jovens manifestam-se com a barriga à vista, com as palavras, "Aqui mando eu". Amanhã, aqui em Portugal, os eleitores devem responder "sim" ou "não" à despenalização da IVG (Interrupção Voluntária de Gravidez) nas primeiras 10 semanas da gravidez. Um referendo semelhante nos anos 90 foi rejeitado, mas os jornais dizem que há boa probabilidade que passe desta vez.
Os dois lados têm apresentado seus argumentos na imprensa, na TV, e nas ruas. Um dos argumentos a favor é que as mulheres não vão precisar procurar abortos clandestinos, que provocam mortes e outras consequências nefastas nas mulheres. Só porque quer, nas primeiras 10 semanas, pode uma mulher pedir um aborto no hospital, sem perguntas, sem problemas. (Se eu compreender correctamente a situação.) Um outro argumento comum é aquele ilustrado acima: "É meu corpo (barriga), e sou eu que mando nele."
Ao meu ver, é isso justamente o cerne de todo o problema. Pondo de parte os argumentos médicos, legais, sociais, e psicológicos, "Aqui mando eu" exprime a essência do pecado humano e a rebelião da criatura contra a autoridade de Deus. Como cristãos, devemos antes escrever sobre as nossas barrigas (e todos os outros membros do corpo e sobre todas as áreas das nossas vidas), "Aqui manda Deus".
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