Desde a última vez que escrevi, tivemos mais uma profissão de fé, e houve duas no Domingo de Páscoa, por isso marcámos o dia 8 de Junho para um culto de baptismos. Também nesse intervalo do último mês recebemos visitas de pastores de fora, houve oportunidades de participar em estudos bíblicos, e as novas cadeiras encomendadas pela igreja devem chegar até ao fim de Maio. O trabalho aparece de todos os lados: do consulado, das traduções, e graças a Deus, na igreja, também.
Mas a última novidade foi:
Tirei essa foto quando descemos do avião no Sábado passado, à noite, às 23h. Saímos da Madeira por volta de meio dia, e vamos ficar na Irlanda até ao dia 28. A maior parte desse tempo será passado na Irlanda do Norte, mas vamos para a República da Irlanda (Dublin) amanhã (5ª) para ficar até Domingo. Estamos acompanhando uma excursão de um grupo da universidade onde estudei, mas também vamos aproveitar para visitar duas irmãs (irmãs nossas em Cristo, mas as duas são irmãs na carne, também) que primeiramente conhecemos na Madeira em 1981 ou 1982, quando lá foram de férias. Voltaram muitas vezes durante os anos, e sempre nos convidaram a visitá-las. Ficámos com elas as primeiras duas noites, enquanto o resto do nosso grupo vinha dos EUA, e voltaremos a ficar com elas 4 dias, depois do grupo regressar à América.
Antes de regressar à Madeira, ficaremos mais uma semana na Inglaterra a visitar Pastor Roland Brown e esposa, que já visitaram a nossa igreja várias vezes. Estamos a contar com a possibilidade de nos encontrar com Jackie e Jaime, que estarão de volta à Inglaterra, depois de 6 meses na Austrália, onde visitaram família.
Em seguida vai uma série de relatos sobre os primeiros dias da nossa viagem, entretanto já publicados no blog em Inglês.
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Dia 1 – 10 Maio – Do Funchal a Belfast
Saímos da Madeira logo após meio-dia, voando pela primeira vez numa linha “low-cost”. O voo para Stansted durou pouco mais de 3 horas, e conseguimos lugares na fileira da saída de emergência, o que foi uma bênção.
Aproveitei o tempo para ler a biografia de C. S. Lewis (autor da série Narnia), escrita por Derick Bingham. Durante a nossa excursão, vamos ter uma reunião com o autor e vamos visitar alguns lugares relacionados come Lewis, que era natural de Belfast. Li a maior parte do livro no voo até Stansted, e conclui a leitura no voo de l hora entre Stansted e Belfast. Outra vez conseguimos lugares junto da saída de emergência, portanto, viajámos muito bem.
Elizabeth nem só estava no aeroporto para nos receber, ela conseguiu convencer o pessoal do aeroporto a deixá-la entrar na zona de recolha de bagagem. Ela e a irmã devem ter viajado tanto nestes anos que são consideradas parte do pessoal do aeroporto!
Dia 2- 11 Maio - Domingo - Estamos em casa
Não viajamos tanto, mas estar longe da igreja onde estamos em casa pode ser um problema: Onde ir? Será uma bênção espiritual?
Sentiremos que estivemos na presença de Deus? Como estamos hospedados com Elizabeth e Joan vamos à igreja delas: Ballymena Baptist Church. Em muitas coisas é muito diferente da nossa:
1) Dentro de um ano, a igreja vai celebrar 130 anos; têm um avanço de 100 anos sobre a nossa.
2) Julgamos que houve 300+ no culto de manhã; a assistência na nossa igreja deve ser mais ou menos o remanescente que ultrapassa os 300 na sua igreja.
3) Eles têm uma orquestra pequena, mas muito completa, com 3 guitarras, uma flauta, um violino, um piano, um teclado, e uma bateria; neste campo estamos mais próximos---um piano, uma guitarra, uma flauta muito infrequente e, de vez em quando, uma harmónica.
4) Daqui um mês, vão mudar para o seu novo templo, deixando a escola onde se reúnem provisoriamente; construimos o nosso novo templo há 4 anos.
Mas quando cantaram, sentimos a presença do Senhor no seu culto; quando o pastor pregou, era a Palavra de Deus pura de início até ao fim, tanto de manhã, como no culto da tarde. Estávamos em casa. No próximo Domingo, estaremos em Dublin, mas no Domingo a seguir estaremos nessa igreja novamente; novamente sentiremos que estamos em casa, pois é a casa do Senhor.
À tarde, almoçámos fora no quintal de Elizabeth e Joan, à beira do rio. Patos subiam e desciam constantemente, e a água passou calmamente debaixo dos ramos das árvores a jusante. Fez-me lembrar das palavras do Salmista no Salmo 1:3, que aquele que medita na lei do Senhor será como árvore plantada à beira do rio, sempre dando seu fruto, sempre próspero em tudo que faz.
Dia 3 – 12 Maio – 2ª-feira -- Quando nem tudo corre como planeado
Estamos na Irlanda nesta altura porque estamos a acompanhar uma excursão de Irlanda do Norte e a República da Irlanda entre hoje e 6ª-feira da próxima semana. Os organizadores da excursão, Tracy Balzer e seu marido, Cary, ensinam na John Brown University, onde eu me formei em 1968 (no século passado), e a nossa filha Joy e seu marido, Mark Stoner, já nos primeiros anos deste século.
O grupo voou de Newark a Belfast durante a noite e chegaram logo após 9h00. Falámos por telemóvel com eles às 10h30 para confirmar o nosso encontro no hotel às 12h00. Quando falei com Tracy, eles já estavam na autoestrada a caminho do hotel.
Nós saímos de casa às 11h15 e Joan nos levou de Ballymena até ao hotel, o que levou uns 45 minutos. Estávamos no hotel na hora indicada, mas nada do grupo. Depois de esperar mais uns 45 minutos, a nossa fome devorou a nossa paciência e decidimos ir buscar alguma coisa para comer. Como nunca mais conseguimos falar com Tracy por telemóvel, deixámos um bilhete para dizer que estaríamos de volta às 14 horas.
Depois de almoçar, regressámos às 14:00, e... “o grupo não apareceu ainda”, fomos informados. Sentámo-nos; começámos a ler um jornal; uma dúvida súbita---será que estávamos no hotel certo? Lembrámos que houve uma mundança de reservas--será que era este que já não estava na lista? Fui me informar novamente na recepção: de facto havia um grupo com reservas em nome de Tracy Balzer. Nada a fazer, senão pedir um café e esperar. Claro, logo que trouxeram o café à mesa, a carrinha apareceu em frente do hotel.
Razão do atraso: obras no A2, que Joan sabia bem, e por isso nos levou por um caminho mais longo, mas mais rápido, pela cidade de Belfast. Como imaginámos, eles não saíram da autoestrada onde deviam, e como já estavam longe do hotel, almoçaram numa vila pequena no campo antes de procurar o hotel. Razão por quê não conseguimos falar: Tracy não tinha saldo nos cartões de telemóvel que usa no Reino Unido. Ela sabia que eu estava a chamar, mas no plano dela, nem pode atender se não tem saldo.
Mas tudo está bem quando acaba bem. Depois que estávamos todos instalados nos quartos, demos um passeio que incluiu um jardim botânico e
Queen’s University (no fundo, atrás dos líderes,
Cary e Tracy). Eu penso que os outros voltaram ao hotel para dormir depois da sua longa viagem, mas eu e Abbie andámos ainda mais uma hora, no fim de um dia maravilhoso. Quem disse que está sempre a chover em
Belfast?