sexta-feira, dezembro 05, 2008

Quase dois meses...Holodomor

Sei que já faz quase dois mêses que não escrevo em Português (há mais notícias no blog em Inglês). Logo depois de chegar em Portugal no final de Outubro, viajámos de imediato para o Algarve, onde ficámos mais uma semana, e desde então o ritmo não abrandou. Navios americanos no porto, um americano que foi internado em estado grave e finalmente conseguiu voltar para os EUA, um jantar do Dia de Acção de Graças, que reuniu cerca de 40 americanos...parte do que temos experimentado ao longo das últimas semanas.

A carga de trabalho de tradução não é novidade...melhor será falar das visitas que temos tido em casa e na igreja, irmãos que nos visitaram do continente. Os ensaios para a cantata de Natal estão em plena força (2 a 3 vezes por semana). Este ano, a cantata será cantada em Inglês na manhã do dia 21 (Domingo) e em Português na noite do dia 24. O nosso tempo livre tem sido pouco, e as energias menores ainda.

A Prisão

Um dos membros da igreja é Marcos, guarda-redes de Marítimo, que sente o desejo de ser usado na evangelização cada vez mais. Uma primeira oportunidade será uma visita à prisão na semana que vem, visita autorizada pelo director da prisão, e que incluirá o testemunho de Marcos e outros jogadores evangélicos, acompanhado com a entrega de Bíblias.


Agora tenho dois homens nas reuniões semanais...os dois ucranianos. Nikola fazia parte do grupo no início do ano, até ser posto em liberdade a aguardar o julgamento. Foi julgado e condenado a 6 anos de prisão, por isso, está na prisão (e nas reuniões) de novo.  Ontem, ele contou uma história interessante:

A Ucrânia recentemente comemorou o 75º aniversário do Holodomor, a fome de 1933 causada por Estaline, que requisitou toda a comida na Ucrânia, causando a morte de uns 5-6 milhões de pessoas! Algumas estimativas vão até 14 milhões! É quase impossível imaginar. O link acima abre o artigo em Wikipedia sobre esta genocida. O assunto surgiu na reunião ontem, e Nikola disse que a sua avó e os pais e avós dela passaram por esta fome. Eram Baptistas, e during a fome oraram a Deus. Enquanto os seus vizinhos morreram, eles e os outros membros da sua igreja sobreviveram. Nem sempre havia muito para comer, mas eles sempre tinham alguma coisa. Deus não os deixou morrer de fome. Um caso e exemplo que nos faz parar e pensar nestes dias de grande crise e incerteza no mundo inteiro: onde está a nossa fé?

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