Notícias da Igreja Baptista do Funchal e informações sobre o trabalho do evangelho na Ilha da Madeira
segunda-feira, agosto 23, 2010
Ir à bruxa
O temporal foi um golpe duro no turismo, que já estava a sofrer devido à crise económica. A Madeira já perdeu muitos milhões de euros este ano.
Primeiro as águas, depois o fogo...
Na semana de 12 de Agosto, a serra da Madeira pegou fogo. Quem olha para a serra em volta do Funchal agora, vê tudo preto em cima, onde era verde. Mais em baixo, já na área de floresta, as ávores ainda estão em pé, mas há uma linha muito nítida onde as folhas verdes se tornam castanhas. Não resta dúvidas sobre até que ponto chegaram os incêndios.
O Diário de Notícias do Funchal publicou a foto tirada do espaço pela NASA, mostrando os incêndios do dia 13 de Agosto. Dizer que a situação está preta na Madeira não é só linguagem figurativa.
Ontem, no Porto Santo, durante um comício político, uma palmeira de grande porte caiu sobre o povo que assistia os discursos. Uma senhora morreu esmagada; outras pessoas ficaram feridas e estão no hospital. O comício foi cancelado, claro. O Presidente do Governo Regional, nos seus comentários, disse o seguinte:
"2010 é um ano em que temos de ir à bruxa. Com tudo o que vem sucedendo no arquipélago em 2010, rezem para que este ano acabe depressa."
Se bem que a sua referência de "ir à bruxa" pode ser entendido como um desabafo comum que as pessoas dizem quando as coisas vão mal, a verdade é que feitiçaria não é tão rara aqui. Durante as obras de remodelação da nossa casa, fomos informados que a vizinha tinha recorrido à bruxa para fazer "uma obra" contra nós, para que o trabalho nunca fosse terminado e que os trabalhadores se magoássem. Nenhum trabalhador foi magoado, mas eu por pouco não parti uma perna. O que poderia ter sido um grave problema deixou-me meio cambado durante um mês e tal. E a obra sempre foi feita. A feitiçaria não tem poder contra Deus e a Sua obra.
...ir à bruxa... Eu sei que muita gente não hesitaria em ir à bruxa; ouvi de muitos que vão; tenho a certeza que muitos tem ido.
domingo, agosto 22, 2010
Mais um casamento!
Isso mesmo! Dois casamentos numa só semana. Esta vez foi Débora e Gil que tiveram uma ceremónia religiosa. Foi em Março do ano passado que casaram no civil, como Sandra e Humberto no princípio desta semana. Débora sempre quis casar na igreja da sua família no Brasil, mas em fim viram que não tinham dinheiro para fazer isso, e aproveitaram a presença de alguns familiares do Gil que moram na França e estão aqui de férias para trocarem os votos perante Deus.
A ceremónia foi numa tenda no quintal de um hotel. Por um lado, sendo que os familiares de Gil são muito católicos, era provável não terem vindo a uma ceremónia na nossa igreja. Mesmo assim, Gil e Débora não sabiam como esses familiares iriam reagir a um culto evangélico. Uma senhora me confessou que este foi o primeiro serviço evangélico que ela alguma vez assistiu, e gostou da Palavra que ouviu. No final, Gil disse que a sua família ficou muito bem impressionada com o culto. Oremos que o testemunho da Palavra continue vivo entre estas pessoas através das vidas de Débora e Gil.
A música era de violino.
No final da ceremónia.
Débora e Gil com Kayla, que levou as alianças.
Militina, Abbie e Olga
quinta-feira, agosto 19, 2010
Últimas noticias--um casamento
Prometi actualizar algumas notícias dos últimos meses. Este casamento não está nesta categoria. Aconteceu esta semana. Sandra e Humberto casaram no registo civil na Segunda-feira, e a ceremônia na igreja será em Dezembro quando os pais da Sandra podem vir da Califórnia para estar presentes. Segundo ouvi, Sandra e Humberto vão aproveitar férias nessa altura para visitar os pais dele em Ecuador.
O que significa este casamento? Por um lado, quer dizer que dois-terços do nosso ensemble de guitarras na igreja são marido e esposa. Desejamos para eles muitos anos de bênçãos no serviço do Senhor.
sábado, agosto 14, 2010
36 horas
Eu não disse?
Estava enganado
Às 8h00 estávamos na bicha (com todos os outros passageiros retidos do nosso voo) a esperar pacientemente (??) a nossa vez para saber em que voo vamos seguir para o Funchal. Depois de 3h15m naquela fila, recebemos o resultado do sorteio: nós vamos no voo das 18h40, com chegada às 20h00 no Funchal. Talvez. Temos passado a tarde toda aqui na sala de embarque (são 17h00 agora) e os dois voos que partiram para a Madeira durante este período saíram com uma hora de atraso. Ou seja, chegaremos quando chegarmos em casa.
Entretanto, avisámos os irmãos para preparar os cultos amanhã como se nós não estivéssemos lá. E quem garante que vamos estar? Abbie está exausta depois destes dois dias de viagem (e o susto valente de ontem à noite), além de ter apanhado uma tosse naquele dia que choveu na Inglaterra. Talvez ela fique em casa amanhã. E se formos, estando presentes no corpo, será que estaremos com as nossas capacidades mentais a funcionar em pleno? Creio que pode haver quem ache que nunca estamos em pleno uso das nossas faculdades mentais, mesmo em condições normais, e uma coisa está certa: estes últimos dois dias não têm sido nada normais.
Em casa, quase -- só faltam 1000 km.
Depois de viajar aquele caminho todo, chegámos a passar a menos de 1000 m da nossa casa (pois ela fica quase na linha de aproximação da pista). Com ventos cruzados, o avião chegou a balançar tanto que alguns dos passageiros estavam convencidos que seria a sua última aterragem. No voo Madrid-Lisboa, nós estávamos numa das últimas filas; felizmente neste estávamos sobre as asas, pois os gritos vinham lá de trás. Os assistentes a bordo até tinham que ajudar alguém lá atrás que passou mal. Já sobre a pista o piloto decidiu abortar a aterragem e anunciou que ia aguardar uns poucos minutos para ver se o vento acalmava. Se não, voltaríamos a Lisboa. Não acalmou. Nós regressámos.
São 4h00 e acabámos de chegar ao hotel. Aterrámos em Lisboa às 1h45 e levou esse tempo todo para resolver a situação. Quando conseguirem um voo para Funchal, vão avisar. Esperamos que não seja dos primeiros voos do dia; mal acabámos de chegar.
quinta-feira, agosto 12, 2010
Hoje faz 44
Neste dia há 44 anos, eu e Abbie dissemos "até a morte nos separe". Alguns desses 44 aniversários ficaram na memória -- no 25º aniversário estavamos na Suiça; no 40º, nos EUA. Este, também, não será esquecido.
Descobrimos que, afinal, o sol brilha na Inglaterra. Nesta semana que estamos aqui, houve dias com nuvens, mas somente houve um dia que realmente choveu. Hoje de manhã o sol estava mesmo a brilhar. Estamos em casa dos irmãos Derek e Margaret Martin, que visitaram nossa igreja pela primeira vez em 1982. Vivem cerca de hora e meia a sudeste de Londres numa aldeia no campo. A foto em cima mostra o jardim atrás da sua casa, e foi lá que tomámos o pequeno almoço esta manhã.
Esta semana vistámos vários lugares, incluíndo um dia que passámos em Londres, onde me encontrei com Pres. Obama. Perguntei-lhe se gostaria de ser fotografado comigo, e ele não disse não.
(Foto tirada no museu de Madame Tussaud.)
Amanhã voltamos à casa, e apesar de ouvir que a temperatura tem andado na casa dos 40ºC, será bom estar em casa novamente.
Eu finalmente descarreguei as fotos que estavam na máquina desde Maio, e pretendo publicar algumas aqui para dar uma ideia do que tem passado nos últimos meses. Claro, ainda não sei a altura da pilha de trabalho que me espera quando chegar em casa. Será que aquelas fotos chegarão a ser publicadas aqui?
sábado, agosto 07, 2010
Não estamos em casa
Já é meia-noite e temos de estar no aeroporto de Lisboa por volta das 8h00 para apanhar o voo para Inglaterra, onde vamos passar a próxima semana com um casal de irmãos que nos tem visitado com alguma frequência na Madeira desde os anos 80.
Mais cedo or mais tarde, vou colocar fotos aqui. Vou dar notícias sobre os baptismos realizados na semana antes de sair da Madeira. Já notou que nos dois casos, falei daquilo que "vou fazer". Até este propósito seja concretizado, continue orando por nós e a obra. Precisamos das suas orações; agradecemos a Deus por elas.