Uma última palavra ... este ano

Estamos nas últimas horas de 2009, e queria ver se conseguia uma última palavra aqui ainda este ano. O mês de Dezembro é sempre cheio de trabalho para todos, eu sei. Para nós foi especial por causa da chegada de uma família para nos ajudar na obra. Pastor Moiséis e esposa, Alice, e filhos André e Pedro vieram de Cabo Frio, RJ, Brasil, e chegaram no dia 12 de Dezembro. Houve complicações inesperadas no processo de emissão do visto que originaram uma semana de muitos telefonemas aos serviços de imigração e consulares, mas não foi possível resolver o assunto a tempo de voar na data original. Tiveram de alterar os voos para o dia seguinte--mediante pagamento de taxa extra, claro--mas em fim chegaram.




No pouco tempo que têm estado aqui, já entraram na obra. Além de pregar, Pr. Moiséis foi ao hospital fazer uma visita de urgência, quando eu não pude porque era à mesma altura da minha visita semanal à prisão. Alice, com somente duas semanas para ensaiar, entrou no côro e ajudou na cantata de Natal. Todos os anos na véspera de Natal, a nossa igreja apresenta uma cantata, e apesar dos receios de Abbie, e devido às muitas orações e à graça de Deus, saiu bem a cantata. Essa noite foi em Português. Na manhã de 10 de Janeiro, no culto em língua inglesa, vamos cantar novamente, mas em Inglês. Como só 4 de nós no côro temos Inglês como língua materna, e poucos dos outros falam Inglês, mais orações vão ser precisas!

A igreja se regozija nas muitas bênçãos de Deus recebidas durante este ano, e encaramos o ano de 2010 com a expectativa de bêncãos ainda maiores!

As Férias Acabaram

Evidentemente. Nos últimos dois meses não houve tempo de escrever no blog. Sem entrar em detalhes, só digo que muita coisa tem acontecido, e parte será revelada nos próximos dias. Depois de regressar dos EUA, passámos uma semana no continente no fim de Outubro e princípio de Novembro. Houve dois dias na Embaixada, um fim de semana no Algarve com Pastor Neílson Amorim, um dos missionários da nossa igreja, e mais duas noites com Jackie and Jaime perto do Porto.


Primeiro baptismo à noite

No último Domingo de Novembro baptizámos Lisiane e seu marido, Alex. Ele é jogador de futebol, e aceitaram o Senhor quando estavam no Brasil em Junho e Julho. Uma prova disso foi o facto deles terem casados logo que voltaram à Madeira, depois de viverem juntos muitos anos. Este baptismo foi à noite porque Alex teve jogo às 16h00 e só pôde chegar à igreja depois de ter começado o nosso culto às 18h00. Os baptismos foram no final do culto.







Nas primeiras fotos Lidiia limpa o baptistério na tarde, enquanto o seu marido, Petro, e Nadezhda limpam o quintal. Estes três ucranianos assistem ao culto em língua russa às 16h00.

Nas fotos dos baptismos, o flash reflecte da água e dá a impressão de jóias a brilhar. Na realidade, as jóias do Senhor estavam juntos essa noite; e os olhos de Lisiane brilharam mesmo!








Quando seguir o Senhor não é fácil

Naquela mesma noite, no fim da mensagem e antes dos baptismos, Rui veio para a frente para confessar Cristo como Salvador. É sempre uma alegria quando qualquer alma vem ao Senhor; o caso de Rui é especial---ele é madeirense. Por que isso é especial? Porque é muito difícil para um madeirense aceitar o evangelho. Só para ter uma ideia: somente 1/4 dos membros da nossa igreja são madeirenses. Outros madeirenses que fizeram profissões de fé e foram baptizados durante estes 33 anos voltaram ao mundo.

Além disso, o caso de Rui é especial porque ele não é do Funchal, uma cidade grande de mais de 100.000 pessoas. Ele é duma vila na serra. Uma vila muito pequena. Quando as pessoas lá (muitos são seus parentes, claro) souberam do seu interesse no evangelho, parecia que o céu iria cair-lhes em cima. Houve ameaças; já não será considerado parte da família; é um marginalizado. A sua esposa estava com ele no Domingo, mas ela tem muitas reticências. A sua formação católica é muito forte; os comentários de vizinhos acerca dela ter algo a ver com "uma religião que não acredita na Virgem" dão o que pensar. Claro, o facto de haver neste momento uma imagem peregrina da Virgem de Fátima a circular pela ilha só serve para fomentar mais a dedicação das pessoas ao culto mariano. A imagem veio à ilha na classe Executiva (assento 1A) na TAP e foi transportada ao Funchal no carro construído para a visita do Papa João Paulo II em 1991. Desde aquele dia, em que foi usado poucas horas, o carro nunca mais apareceu, senão agora.

E em termos de relações entre o governo (regional) e a Igreja Católica, basta referir que o GR contribuiu com €13 milhões para a construção de Igrejas paroquiais ... projectos recentemente completados ou a completar nos próximos tempos. Por isso, Rui é uma jóia rara encontrada nas terras espirituais rochosas da Madeira. Orem pela fé dele. Orem pela sua família.

Em casa...finalmente

Sábado. Devíamos ter chegado ontem, mas como já esperava, fomos apanhados na confusão da greve dos pilotos da TAP de 5ª e 6ª-feira. Já sabia pela Internet que estava marcada greve para os dias da nossa viagem, mas ouvi dizer que iam assegarar os voos para a Madeira. Alguns voos, sim; o nosso, não. Chegámos a Lisboa às 08h00 depois de viajar a noite inteira. 30 minutos antes do nosso voo das 14h00, fomos informados que estava cancelado. Daí fiquei 2 horas no balcão da TAP até que finalmente fui informado que íamos para um hotel para hoje voar até Funchal. Esperámos mais 2 horas à espera de transporte para o hotel, onde tive de esperar mais 2 horas ainda para fazer o check-in. Vários autocarros de passageiros em situação igual à nossa tinham chegado um pouco antes. A maior parte dos turistas eram franceses. Chegámos a fazer amizades nas bichas no aeroporto e no hotel. A última vez que tive de falar tanto Francês foi em 1980, o último ano que estudei a língua. Chegámos ao nosso quarto um pouco antes das 20h00...quase 12 horas depois de aterrar...24 horas depois de ter levantado voo em Dallas...30 horas depois de se levantar e sem dormir. (Tirando as duas vezes que adormecemos no avião durante a noite ... 40 minutos cada vez.)

Os outros passageiros estavam a ser encaminhados nos primeiros voos hoje, mas eu disse à funcionária que nós agradecíamos um voo mais tarde. Não queríamos levantar-nos às 6h00 para ir ao aeroporto. E assim foi: ficámos na cama até quase 9h00, tomámos o pequeno almoço, e ainda ficámos mais um pouco sentados no hotel a descansar até ir ao aeroporto apanha o voo das 14h00...24h00 depois do nosso voo original.

Sabe bem estar em casa.

P.S. Só 1 das 3 malas chegou em casa connosco. Fomos informados que 1 vem no último voo da noite hoje (perto de meia-noite). A outra? Quem sabe?

Últimas fotos da viagem

(Clique em qualquer foto para ampliar.)
Aqui estão algumas fotos tiradas durante a nossa viagem. A primeira foi tirada num jardim botânico...este nenúfar foi mais compreensivo do que as borboletas que tentei fotografar. Não mexeu enquanto eu tirava as fotos.



Tirando a última semana, quando o tempo foi nublado e chuvoso, tivemos bom tempo. Não estava frio. Mas o outono se aproxima, como evidenciado pelas abóboras em todos os lados. No supermercado, havia pequeninas de várias cores:





Nos mercados de frutas e legumes, as abóboras eram muito maiores, e empilhadas mais alto.



As abóboras verdes manifestaram formas esquisitas. Acho que esta egoliu um pássaro.




E falando de pássaros, um dia quando passeámos com Jeff em Dallas, ouvimos muitos pássaros numa árvore onde estávamos estacionados. A árvore estava cheia de papagaios; havia um ninho grande, que não sei se foi construído pelos papagaios, mas eles ocupavam a ávore toda. O que nos levou a olhar para ver, era esse casal a passear na rua, completamente alheio ao trânsito à sua volta. (Amplie para vê-los melhor.)



Última noite em Dallas. Fomos jantar com Jeff e Liz, que está no 3º ano de especialização como cirurgiã num dos hospitais de Dallas. Durante o jantar, ela recebeu um telefonema e teve de sair antes de terminarmos a refeição. Devido ao trabalho dela, não pudemos vê-la muito, mas foi bom ter pelo menos algumas horas com ela.




Esta é uma boa altura para visitar os EUA: evitamos o calor do verão e o frio do inverno. Mas também as aulas já estão em curso. Felizmente, estivemos em casa de Chris e Rachel num fim de semana com feriado na 2ª. Infelizmente em casa de Ricardo e Margaret só vimos os filhos de Ricardo, Gabby e Joel umas poucas horas em duas noites, e as fotos que tirei não foram boas. O tempo foi curto em cada lugar, mas as visitas em cada lugar foram maravilhosas!

De caminho para casa

Esta é a última noite nos EUA. Amanhã à noite estaremos sobre o Atlântico, e se tudo correr bem, chegaremos na Madeira 6ª-feira à tarde. Os pilotos da TAP anunciaram uma greve para 5ª e 6ª...vamos ver se a sua promessa de assegurar os voos para Madeira vai funcionar. Já vejo cenas de anos passados quando houve greves e milhares de passageiros estavam presos no aeroporto na Madeira ou em Lisboa.

Aqui estão mais algumas fotos da Mia, andando sozinha (com uma pequena ajuda). O azul no passeio é onde desenhei pegadas de urso para a sua festa no Sábado.

Nas outras fotos, a Mia está connosco, com seus pais, e com o tio Jeff (sem o fato de urso--veja mensagem anterior). 

Foi bom passar estes três dias em Dallas com Jeff e Liz, embora não vimos Liz mais, por causa do seu horário no hospital, onde está no 3º ano de residência de medicina como cirurgião. Ainda faltam dois anos.  Hoje à noite, ela recebeu uma chamada durante o jantar, e teve de sair logo após esta foto.

A Festa

Um dos factores em escolher as datas da nossa viagem este ano era para que pudéssemos estar na festa do primeiro aniversário de Mia. Ela fez um ano em 18 de Setembro (6ª-feira), e a festa foi no Sábado. Mia não anda sozinha ainda, mas se segurar na mão de alguém ou se tiver um móvel em que se apoiar, ela não pára. Este vestido era para a festa, e a cor combinou com o tema da festa: O Urso Pardo.

Quando Mia nasceu, Chris e Rachel lhe deram um ursinho, e todos os meses Joy tirou uma foto de Mia e o ursinho, como registo do seu crescimento. Neste link, pode ver a maior parte dessas fotos. Esta foi tirada 6ª-feira, no dia do seu primeiro aniversário.

Jeff veio de Dallas e nos encontrou em Harrison, quando visitámos os pais de Abbie. Foi bom ele ter visitado os avós, e sei que eles gostaram. Ele voltou à casa de Joy e Mark para ajudar celebrar o dia de anos de Mia. De facto, tornou a festa em algo muito especial. Na noite antes da festa, quando estávamos a preparar as coisas, Jeff foi para fora, e depois veio à porta e bateu:

Para alinhar com o tema da festa, ele comprou um fato de urso.  (Eu e Abbie já sabíamos.) Esta foi a reacção de Joy:

Aqui Jeff segura a sua cabeça:

Os miúdos adoraram (e os adultos, também) quando Jeff entrou na festa no dia seguinte. Um dos meninos adivinhou que deve ter sido Jeff dentro do fato, porque "Jeff disse que ele não viu o urso." Um pequeno Sherlock Holmes. Bem, quase todos gostaram do urso. A Mia assustou-se de início, e apesar de, depois de algum tempo aceitar com desconfiança a presença do urso na sua festa, ela nunca quis ficar perto dele.

Quanto a Jeff, tem uma nova carreira profissional à sua frente. Mas depois de 15 minutes a transpirar dentro do fato, não está muito entusiasmado em ganhar a vida assim. Segundo ele, "Não importa o que me oferecerem, não há dinheiro que chegue para pagar esse trabalho!"

Os pais de Abbie

A saúde dos pais de Abbie tem sido uma preocupação ultimamente. Poucos meses atrás, a mãe teve problemas tão graves com a circulação nos pés, que o médico levantou a hipótese de amputar o pé. Outro médico disse que o coração dela nunca aguentaria tal operação e sugeriu medicamentos para facilitar a circulação. Isso, com medicamento para controlar as dores, tem ajudado até ao ponto que já não queixa de dores, e os pés, embora inchados, não estão pretos. Ela passa a maior parte do tempo deitada, e cansa-se muito se sair.

O pai parece estar tão forte fisicamente como nunca, mas teve de nos perguntar dezenas de vezes onde é que vivemos. Ele não sabe quantos anos tem, e não se lembrou de ter celebrado 91 anos no Domingo passado. Entre outras coisas, ele não distingue entre o frigorífico e o congelador vertical ao lado. Encontrámos gelados no frigorífico, e ele já pôs ovos no congelador. 

Damos graças a Deus que os encontrámos tão bons de saúde, mesmo assim. O meu cunhado vive ao lado e fica de olho neles, controlando os comprimidos de cada dia, mas quem sabe por quanto mais tempo eles podem continuar a viver em casa sozinhos?

Mia é uma menina grande ... bem, depende...

Esta foto foi uma das primeiras que tirei de Abbie e Amilia Kate ("Mia") depois de chegar em casa de Joy e Mark. Em termos de corpo, Mia é o oposto à sua prima, Braewyn, que vimos há duas semanas atrás. Nesta foto, parece que Abbie está a pensar "Oops!...e agora? O que fui fazer em pegar na Mia!" Na realidade, eu demonstrei aqui as minhas competências como fotógrafo ao alinhar a placa com o nome da loja justamente atrás de Abbie. Claro, só reparei nisso quando vi as fotos depois.

Mia está quase sempre a sorrir. É uma criança alegre por natureza. Quando tirei estas fotos, não usei o flash, e por isso ela não sabia que estava a ser fotografada. Se tivesse reparada na máquina, já começava a "posar".

Ela está grande, mas tamanho não nada mais do que uma questão de perspectiva. Quando observada de um outro ponto vista,  ela realmente não é nada grande, como se pode ver aqui.

(Intervalo)

Junto esta foto, entre fotos de família e flores, pois nunca vi um aviso destes antes. Para quem não sabe Inglês, diz "Pise a Relva A Seu Próprio Risco". Como não há mais nenhuma explicação, julgo que o risco em questão é o óbvio. Olhe bem onde pisa.

Vídeo de baptismos

Orlando, um membro da igreja, tem um blog, onde ele acaba de colocar um vídeo de eventos da nossa igreja deste ano. A minha mãe e irmãos aparecem em algumas cenas, pois estiveram aqui em Maio e assistiram alguns dos baptismos. Os baptizados incluíram irmãos do Ecuador, Brasil, Venezuela, e São Tomé, além dos que são da Madeira.

Problemas técnicos

Passei três dias sem ligação ao Internet: Sábado, Domingo, e 2ª.  No Sábado estávamos de viagem o dia todo, para estar com Pastor Tim Montgomery e sua esposa, Kathy. Ele nos ajudou na construção do nosso templo há 5 anos atrás. Preguei na igreja dele no Domingo, e logo após o almoço, iniciámos novamente a nossa viagem até à casa de Mark e Joy...6 horas debaixo de chuva. Felizmente, a chuva intensa foi só a primeira hora.

Tenho umas fotos a pôr aqui, mas perdi o dia inteiro de ontem (2ª-feira) porque não consegui arancar o computador. Não sei quantas vezes eu vi o ecrã azul, que aparecia cada vez que tentava iniciar o computador. Se não sabe o que é o ecrã azul, não tenha pressa em conhecê-lo pessoalmente. Após muitas tentativas de restaurar o sistema, por fim reparei que o tal problema surgia logo que ligava o wireless...ou seja, a placa da ligação wireless avariou. Até conseguir outra, vou ter que usar o cabo directo para o modem. Felizmente não perdi nenhuns ficheiros como temia no início.

Notícias: Falei com Pastor Mike Rogers, que já mencionei no fim do ano passado/princípio deste ano. O cancro dele ficou em remissão durante 6 meses depois da quimioterapia, mas agora voltou com grande força. O Pastor Mike vai começar novo ciclo de quimioterapia na 6ª-feira ... 3 dias em seguida... depois repetir a dose daí a 2 ou 3 semanas. Possivelmente terá uma terceira sessão, que será seguida de um tratamento de transplante de celulas estaminais tiradas do seu próprio corpo. Nessa altura, terá de passar 2 a 4 semanas em isolamento. Pela sua voz no telefone, eu nunca diria que ele tinha qualquer problema de saúde. 

Também, soubemos que Louisa, membro da nossa igreja, tem um tumor num rim e vai ser operada de urgência esta semana. Ainda não se sabe se é maligno ou não; só depois da biópsia feita após a operação. Agradecemos as orações por estes irmãos. 

Amanhã, mais um dia longo

Na 3ª-feira, voltámos ao lado oriental das Montanhas Rochosas, e outra vez parámos em Vail, mas só para tomar um café. A paisagem é mesmo bonita. Aproveitámos a oportunidade para tirar um auto-retrato debaixo de uma faia.

O tempo em Pueblo tem passado depressa...saímos na 5ª-feira à noite com Ricardo e sua família, e minha mãe, e irmão e irmã e suas famílias. A cidade de Pueblo construiu um promenade ao longo do rio e foi uma noite agradável para passear.

Esta última foto não é muito boa, mas eu não tinha muito tempo para pegar na máquina e tirar a foto destas duas famílias de codornizes a passear no quintal da casa do Ricardo. Quase não se via os pequenos na relva.

Amanhã temos 9 horas de estrada pela frente, até chegar em casa do Pastor Tim Montgomery para estar com a igreja dele no Domingo. Hoje já lá foi...vou ver se descanso um pouco para a viagem de amanhã.

Amanhã de viagem

Está na hora de viajar de novo. Estas são das últimas fotos em Grand Junction, Colorado.

Os planaltos ("mesas") que cercam as cidades à beira do rio são geralmente sem vegetação, mas mesmo assim são formações interessantes. Há um contraste forte com as terras verdejantes à beira do rio, e me faz lembrar as palavras do Salmista em Salmo 1 "Bem-aventurado o homem que... tem seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e noite. Pois será como a árvore plantada junto às correntes de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cuja folha não cai; e tudo quanto fizer prosperará."

E falando de fruta, esta região produz muita fruta...maçãs, pêssegos e cerejas, com pomares espalhados por todo o vale. Na tarde de Domingo, visitámos o pomar dos sogros do pastor da igreja de Raquel e Chris. Além da fruta, eles cultivam alguns legumes e flores. Estas flores foram apanhadas pela nossa neta Brionny para levar à sua professora amanhã. Hoje foi feriado nos EUA. 

A visita me fez lembrar dos meus anos a crescer numa quinta mais para o sul neste mesmo estado de Colorado. Quando meu pai comprou a quinta, "herdámos" algumas máquinas antigas que eram para ser puxados por cavalos, com a tracção das rodas de ferro a movimentar a máquina para ceifar, ou neste caso, semear.

O que chamou-me a atenção nesta máquina foi a ávore que cresceu entrelaçada em uma das rodas.

Obviamente, este implemento ficou parado muito tempo. Que não seja uma ilustração de inactividade nas nossas vidas espirituais.  Jesus nos avisou do perigo de ficarmos sufocados ou embaraçados com o pecado e os cuidados deste mundo.

Foi uma bênção estar aqui na semana em que Braewyn começou a andar. É mais uma actividade a acrescentar à lista das suas competências. Já era especialista em comer maçarocas, como provou hoje no jantar. Ela nunca está quieta e mexe sempre. Precisa energia e ela come bem e come tudo. Quase. Hoje no almoço, sempre que Raquel colocava uma ervilha na sua boca, Braewyn quase engasgava e cuspia a ervilha fora. Não só uma vez...várias vezes. Creio que Joy teve o mesmo problema com a Mia. Não vou condenar as pequenas neste ponto: a Mãe diz que eu fazia exactamente a mesma coisa. Será que possa ser uma coisa geneticamente transmitida de avô a netas? Talvez com tempo elas venham a comer ervilhas. Por fim eu aprendi a comê-las (não vou dizer que as adoro), e isso levou uns 30 anos só.

Atravessando as montanhas

Depois de passar a noite em Denver, atravessámos as Montanhas Rochosas para chegar em casa de Raquel e Chris em Grand Junction. O tempo foi perfeito e as flores realmente belas. Estas foram em Vail, a estância de ski que é mundialmente conhecida, e construída no estilo das aldeias dos Alpes na Europa.

A esta altitude, o tempo pode ficar muito fresco, mesmo no verão. A cidade teve a gentileza de fornecer mantas para os visitantes que se sentam nos bancos nas praças da cidade. Também teve a gentileza de acorrentar as mantas aos bancos. Será que quer dizer que está permitido levar a manta, desde que leve o banco também?

Mas temos flores em casa na Madeira também. As ultimas foram plantadas em floreiras às janelas, que o sol nascente fez se reproduzir em sombras nas cortinas.

De volta à nossa viagem... Braewyn, que fez 1 ano em 26 de Julho, finalmente decidiu que, embora a gatinhar ela conseguia ir a onde quisesse, realmente com apenas as duas pernas fazia o mesmo serviço, e mais despachado. Só começou a tomar passos independentes há dias, de maneira que chegámos em tempo de vê-la aperfeiçoar a sua técnica de juntar os passos numa série que lhe permite chegar de ponto A ao ponto B. Está a apanhar o jeito muito depressa.E Raquel terá de ser rápida para apanhar a Braewyn.