segunda-feira, novembro 27, 2006

Entre festas...

Para nós, americanos, acabámos de festejar uma das grandes festas do nosso povo: Thanksgiving (Dia de Acção de Graças). Logo em seguida vem outra: Natal. Quanto à primeira, através do consulado organizámos um jantar de Thanksgiving (nos EUA é no meio do dia, mas como não é feriado aqui e muitos trabalham, tem de ser à noite). Houve muitos e muitos anos em que nunca nos lembrámos do dia, pois eu estava a dar aulas e Abbie trabalhava na livraria que tínhamos.

Na 5ª-feira da semana passada, havia 42 pessoas presentes no jantar, que foi preparado por um restaurante num hotel. Como o chefe não é americano, não conseguiu acertar nos várious pratos e dar-lhes o sabor tipicamente americano, mas estávamos juntos com amigos e estávamos gratos na mesma. Antes de começar, até fiz uma oração de agradecimento a Deus pelas Suas bençãos.


A outra grande notícia é sobre o Natal. Como José Carlos e Marcia estarão fora, e Jackie and Jaime também---as famílias na igreja com quem costumamos passar Natal---pensámos em aproveitar uma promoção e passar a última semana de Dezembro e o Ano Novo em viagem. Mas, como vamos estar nos EUA para dois casamentos, um no último fim de semana de Janeiro e o outro na semana a seguir, decidi surpreender Abbie e arranjei bilhetes para o Dia de Natal para irmos aos EUA. Eu volto na primeira semana de Janeiro, e vou novamente no final do mês para os casamentos. Entretanto, Abbie passará o mês de Janeiro com seus pais ou com Joy e Mark em Arkansas. Eu embrulhei os bilhetes e disse que dentro iria saber onde vamos estar no Natal. Quando ela leu "Pueblo, Colorado", ela realmente entrou em choque. Vai ser o primeiro Natal que passamos nos EUA desde 1975. Na verdade, para a maior parte do dia, estaremos no ar ou em aeroportos, pois saímos às 6h00 no dia de Natal e chegamos em Denver às 22h20 do mesmo dia. Devido às 7 horas de diferença do fuso horário, o nosso dia de Natal terá 31 horas.

É claro que a perspectiva de ver filhos e netos, além dos outros familiares (os pais de Abbie, minha mãe, e alguns dos nossos irmãos e irmãs) nos enche de grande expectativa.

Justamente na altura que estava a planear esta viagem, o que implicava estarmos separados durante quase três semanas, eu tinha de ir à Lisboa para reuniões na Embaixada. Como era uma viagem rápida, e o governo não paga os €200 para o bilhete da Abbie, eu ia só. A questão era se ficava uma noite ou duas. Abbie foi preemptória: "Duas noites separados, nem pensar." Eu realmente perguntava-me a mim mesmo como ela reagiria à proposta de ficarmos separados durante três semanas, e em lados opostos do oceano. Algo estranho aconteceu: ela, a esposa dedicada que não admitia ficar mais do que uma noite sem mim, estando à uns 1000 km distante, mostrou-se muito pronta e contente em passar três semanas à distância de 7000 km de mim. Eis a lógica de mulheres: quem pode entendê-las?

Quando estávamos a discutir a possibilidade de viajar depois do Natal, cada um propunha uma restrição: Abbie disse -- "longe, não"; eu -- "para o norte, não" (isto é, nada de frio nem neve). Parece que ambos nós vacilámos nas nossas imposições.

quarta-feira, novembro 08, 2006

1 Mês e 20 Anos

1 Mês

Já faz um mês que não apareço por aqui. Até há pouco mais de uma semana, eu não tinha nenhuma folga das traduções. É a mesma história de sempre. Uma vez que começa a avalanche, não há nada a fazer senão aguentar e esperar até que passe. Justamente na altura que estava a ficar livre das traduções, houve uma semana de temporais na Madeira (chuvas e vento) e durante mais de uma semana ficámos sem telefone. Isto é, por vezes aparecia um sinal de linha, mas mal conseguia fazer o download de e-mails e antes de poder responder, já caía a linha de novo. Quando os técnicos finalmente vieram ver, era o que já sabíamos: água tinha entrado numa caixa de distribuição e conforme os ventos e a chuva, cortava o sinal. Para variar, até cheguei a ler um livro. Não era mal de todo.

Também fui a Lisboa onde fiquei uma noite, mas quando regressei passei mais duas noites a lutar com um virus qualquer. Talvez não fosse virus...o melhor remédio era descanso.

20 Anos


Marcia, como se recordarão os que seguem o blog algum tempo, começou o ano mal: foi informada que sofria de um linfoma Hodgkins. Depois de 8 meses de tratamentos quimioterapia, ela passou um mês no continente para fazer radioterapia. Os médicos dizem que não há sinais de cancro agora. Hoje ela voou para o Brasil, para passar o resto do ano com os pais. José Carlos e Susana vão no dia 18 de Dezembro, e voltam no princípio de Janeiro. Ontem celebraram 20 anos de casado, e Marcia queria um celebração na igreja, não só para comemorar o aniversário de casamento, mas também como culto de acção de graças por tudo que Deus fez por eles ao longo deste ano. Sejam 20 anos ou não---é sempre bom agradecer a Deus pelas Suas bençãos.